11 dezembro, 2014
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12:17 - Amelia Toledo no Paço Imperial

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Paço Imperial recebe a maior mostra sobre Amelia Toledo no Rio

“Forma fluida” reúne obras de seus 65 anos de carreira

O Paço Imperial inaugura dia 17 de dezembro, às 18h30, a exposição “Forma fluida”, primeira grande mostra panorâmica dedicada à obra de Amelia Toledo no Rio de Janeiro. A exposição reúne cerca de 60 obras  entre objetos, esculturas, pinturas e obras interativas – da artista paulista que, aos 89 anos, continua em atividade e é considerada um dos principais nomes da arte contemporânea brasileira. Para comemorar seus 65 anos de atividade artística, os curadores Daniela Name e Marcus de Lontra Costa selecionaram trabalhos da década de 1950 até os dias atuais. Também será realizado um programa de arte educação e produzidos um livro-catálogo e uma série de pequenos documentários sobre a artista.

“O trabalho de Amelia Toledo é a entrega absoluta à pesquisa do material. Sua obra nos apresenta um fluxo que tende sempre ao infinito, um movimento que não cessa. É como se nos dissesse que a única coisa permanente é a transformação. Entre os destaques da mostra está A onda – A piscina refrescante pode ser um abismo, de 1969. É um cilindro de plástico maleável que contém água e óleos coloridos em seu interior. O movimento entre o azul e o verde simula a piscina e o abismo contidos no título. Esta é uma obra em que a vertigem está presente o tempo inteiro. Outra peça que deve mobilizar o público é o conjunto de objetos Bolas-Bolhas, uma área lotada com bolas transparentes com espuma dentro, que fazem alusão à espuma do mar, totalmente sensorial. Pode ser um ponto alto da exposição, principalmente para as crianças”, destaca a curadora Daniela Name.

Além de A onda e de Bolas-bolhas, fazem parte da mostra peças importantíssimas na história de Amelia, como Medusa. Nesta obra, líquidos coloridos se espalham por fios transparentes, aludindo à imensa cabeleira da personagem mitológica. O público manipula a obra, participando da reordenação de cores em seu interior. Outro ponto importante são os trabalhos da série Impulsos, em que a artista se apropria de pedras semipreciosas como jade e quartzo rosa praticamente em estado bruto para realizar esculturas.

O percurso expográfico proposto por Lontra e Name contempla o início da carreira da artista, trabalhos da época da ditadura – caso de Pegada da onçaFaca de dois gumes e do livro-objeto Divino maravilhoso – para Caetano Veloso (1971). Um módulo é dedicado as joias criadas por ela, e outro à projetos públicos, como a intervenção cromática na estação Cardeal Arcoverde do Metrô Rio, de 1998.

Amelia Toledo – Formas Fluidas

Curadoria: Daniela Name e Marcus de Lontra Costa

Abertura: 17 de dezembro de 2014, 18h30.

Exposição: 18 de dezembro de 2014 a 1o de março de 2015

Horário de funcionamento: Terça a domingo, das 12h às 18h

Local: Paço Imperial

Endereço: Praça XV, 48 - Centro. Rio de Janeiro - RJ

? 21 2215-2622 | 2533-4207

Informações para a Imprensa:

Raquel Silva

raquelsilva@alternex.com.br

? 21 22747924 | 21 9965-3433

Sobre a artista

Amelia Toledo nasceu em 1926, na cidade de Serra Negra, São Paulo. Em sua carreira, sempre utilizou materiais fluidos e em transformação, como líquidos, bolhas e corpos cheios de ar, que conferem à suas criações ares sinestésicos, que as aproximam de expoentes como Lygia Clark e Lygia Pape. A pesquisa da cor, própria de Hélio Oiticica, Aluisio Carvão e outros de seus contemporâneos, também é feita pela artista de modo muito peculiar, com materiais vazados e acrílicos. Outro ponto de distinção de sua trajetória é o uso de material orgânico – conchas e pedras – em uma relação entre corpo e paisagem, em trabalhos que resignificam a noção de escultura, tanto na escala pública quanto em ambientes internos. Hoje mora no bairro do Butantã, na capital paulista, e continua trabalhando em seu ateliê regularmente. Sua última exposição foi em 1999, uma retrospectiva na Galeria do Sesi, em São Paulo, e, em 2004, foi publicado o livro Amélia Toledo: As Naturezas do Artifício, de Agnaldo Farias.

Sobre os curadores

Daniela Name é crítica de arte. Mestre em História e Crítica da Arte pela EBA-UFRJ e doutoranda em Tecnologias da Estética pela ECO-UFRJ, tem graduação em jornalismo e escreveu no jornal O Globo sobre artes visuais entre 1998 e 2005. É autora dos livros “Almir Mavignier” (2013), “Quase/acervo – Ivan Grilo” (2013), “Norte Marcelo Moscheta” (2012) e “Espelho do Brasil – Arte popular vista por seus criadores” (2008). Trabalha como curadora independente e foi consultora em artes visuais do novo Museu da Imagem e do Som (MIS). É curadora-adjunta do Prêmio CNI Sesi Senai Marcantonio Vilaça.

Marcus de Lontra Costa foi o curador da histórica exposição Como vai você, Geração 80? (1984) e diretor de instituições como a Escola de Artes Visuais do Parque Lage, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e o Museu de Arte Moderna de Recife-PE. Foi curador de dezenas de mostras, entre elas as recentes Arte e política, inaugurada em 2013, Franz Weissmann – Síntese construtiva, Pop e popular e Espelho refletido, estas últimas realizadas em 2012. Ex-Secretário de Cultura de Nova Iguaçu, Lontra é sócio-diretor da MLC.

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