14:55 - Dia Mundial da Conscientização da Epilepsia é lembrado em Barra Mansa

Unidades de saúde esclareceram dúvidas sobre a doença

As unidades de saúde de Barra Mansa promoveram nesta quarta-feira, dia 26, atividades sobre o Dia Mundial de Conscientização da Epilepsia. Conhecido como Dia Roxo, a data é celebrada no dia 26 de março e propõe que pessoas do mundo todo vistam uma peça de roupa na cor roxa para destacar a importância da conscientização da síndrome. Além da distribuição de panfletos com informações sobre epilepsia, os agentes de saúde orientaram os pacientes que aguardavam atendimento na sala de espera das unidades.

“A epilepsia é a doença neurológica crônica grave mais comum em todo o mundo e afeta todas as idades, raças e classes sociais. Ela causa reações físicas conhecidas como crises epilépticas”, explicou Aline Medeiros, enfermeira responsável pelo PSF do bairro Roselândia. Segundo ela, essas crises duram alguns segundos ou minutos, variam de um caso para outro, e podem ser acompanhadas por diversas manifestações clínicas como contrações musculares, mordedura da língua, salivação intensa e movimentos automáticos e involuntários do corpo. “São essas reações que, muitas vezes, fazem com que a pessoa sofra discriminação”, disse a enfermeira.

A dona de casa Márcia Amarante aproveitou a atividade no posto de saúde para esclarecer dúvidas. “Tenho um familiar que tem a doença e sempre nos questionamos como devemos reagir quando ele entra em crise”, disse Márcia. Em casos de crises epilépticas, a enfermeira explicou que o mais importante é manter a calma. “Deve se colocar o paciente em uma situação de segurança para que ela não caia ou bata a cabeça, preferencialmente deitado, de barriga para cima. Além disso, caso ele esteja salivando, é importante deitá-lo com a cabeça de lado para evitar que ela se sufoque com a própria saliva”, orientou, reforçando: “Não se pode segurar a pessoa em uma crise convulsiva, nem dar tapas ou jogar água no rosto. Depois da crise, é preciso esperar o paciente se recuperar e descansar”, explicou Aline.

O tratamento da epilepsia é feito através de medicamentos que evitam as descargas elétricas cerebrais anormais. Os remédios são disponibilizados gratuitamente aos portadores da doença pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Os portadores ainda têm grande dificuldade de socialização por conta do desconhecimento da doença. É a primeira vez que realizamos o Dia Roxo em Barra Mansa e vamos continuar esse trabalho nos próximos anos”, garantiu o secretário municipal de Saúde, Jonathan Aguiar.