06 janeiro, 2014
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16:16 - Metalsul faz balanço da indústria regional em 2013

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Um ano para ser esquecido. Essa é a avaliação que a diretoria do Metalsul (Sindicato das Indústrias Metalmecânicasdo Sul Fluminense) faz de 2013. Na opinião do ex-presidente da entidade, Henrique Carneiro – que esteve à frente do sindicato até outubro – o ano que passou se encerrou pior que 2012. “Encerramos 2013 sem crescimento e os motivos são os mesmos do enfraquecimento da economia nacional: alta carga tributária, juros elevados, burocracia e custos trabalhistas”, afirmou Henrique.

Ao comentar as projeções da entidade para a economia regional em 2014, o ex-presidente destacou a Copa do Mundo e as eleições como eventos nada estimulantes para economia industrial. “O Brasil definitivamente para e a economia é a maior prejudicada”, opinou.

Ainda segundo Henrique, a burocracia e os altos custos trabalhistas são fatores que desestimulam os investimentos e prejudicam a competitividade dos produtos brasileiros. “O Brasil é um país com a indústria diversificada. Poderíamos estar crescendo, mas o país precisa de reformas estruturais que mudem o ambiente de negócios e melhorem a competitividade”, argumentou Henrique.

Para Adriana Silva, atual presidente do Metalsul, a burocracia representa o principal obstáculo para os investimentos dos empresários. “A burocracia mata qualquer atividade econômica. Dificulta qualquer empreendimentos e desestimula os investimentos. O país avançaria muito apenas com a diminuição da burocracia”, opinou Adriana.

Em relação aos encargos trabalhistas, ela acredita que a redução destes custos melhoraria a situação dos empregados, à medida que permitiria aos empresários pagar salários maiores. “O aumento da renda ajudaria a elevar o consumo e aquecer a economia”, pontuou a presidente do Metalsul.

Atividades – Sobre a atuação do Metalsul em 2013, Henrique Carneiro destacou como um dos pontos fortes as negociações coletivas de trabalho. De acordo com ele, o sindicato patronal enfrentou um forte pleito para reajuste de salário dos funcionários frente à recessão das empresas. Outra ação importante promovida pela entidade foi a realização da Semana de Negócios e da Sala de Crédito, com tiveram como objetivo estimular os negócios das empresas associadas.

Informe Conjuntural – A indústria deverá ter uma expansão de 2,0% em 2014, superior ao 1,4% previstos para 2013. A estimativa está na edição especial do Informe Conjuntural, divulgado em dezembro pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Conforme o estudo, a queda no ritmo de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) será resultado da desaceleração dos investimentos, que devem ter expansão de apenas 5% em 2014, frente aos 7,1% previstos para 2013. O aumento dos juros também afetará o consumo das famílias, que deverá crescer 1,7% em 2014, menos que os 2,1% estimados para 2013. A diminuição do ritmo do consumo, que foi o motor da economia nos últimos anos, também será motivada pelo menor reajuste do salário mínimo e pelas dificuldades de acesso ao crédito.

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