Image
16 dezembro, 2022
Comentários

Audiência pública debate precarização dos serviços e fechamento de agências dos Correios

O deputado federal Delegado Antonio Furtado presidiu esta semana, em Brasília, uma audiência pública que cobrou dos Correios um posicionamento sobre o fechamento de diversas agências e explicações quanto à precarização dos serviços prestados. A possibilidade de privatização da empresa também foi debatida no encontro, que contou com a participação de representantes de sindicatos e funcionários. Diretores da estatal, que estiveram presentes, se comprometeram em analisar o pedido de abertura de pontos correspondentes para ampliar os atendimentos.

O parlamentar citou o exemplo da agência do bairro Saudade, em Barra Mansa, que encerrou as atividades em 2019. Desde então, a população precisa se deslocar até uma agência mais distante, o que compromete o acesso ao serviço para muitas pessoas.

- De acordo com os Correios, sempre que uma unidade é fechada, os atendimentos são absorvidos por outras agências próximas, sem prejuízo da continuidade das atividades. Esse discurso nem na teoria é convincente, imagina na prática. O que percebemos é totalmente o contrário, através de relatos de precariedade e demora, sem falar na retirada de direitos dos funcionários concursados. Para continuar trabalhando, muitos servidores foram remanejados e obrigados a optar por outras funções. Um verdadeiro desrespeito. As necessidades coletivas  são ignoradas e somente a vontade da gestão é levada em conta - destacou.

Para Furtado, a atual situação é resultado de uma administração ineficaz. O deputado completou que não há como negar os resultados positivos da estatal nos últimos anos. Em 2021, a empresa registrou um lucro histórico de R$ 3,7 bilhões, superando em 101% o apresentado em 2020.

- É claro que as dívidas existem e os Correios ainda se recuperam de um período de contas negativas, compreendido entre os anos de 2013 e 2016. Mas com planejamento, acredito que seja possível reverter esse cenário. Há quem defenda a privatização como uma forma de melhorar o serviço, mas não considero esse caminho favorável. Ao privatizar a distribuição de correspondências em nosso país, podemos impulsionar o monopólio, aumentando o preço e tendo como consequência a ineficiência que tanto queremos combater. Promovendo debates como esse, podemos alertar a população, pensar juntos e propor soluções - concluiu.

Comentários