12 abril, 2014
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Bastidores da ALERJ dão conta de que crise entre PMDB e PT não afetou deputados da região

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Albertassi, do PMDB, solicitou à Mesa Diretora da ALERJ que apoiasse a deputada estadual Inês Pandeló, do PT, em seus processos. O acontecido levantou várias questões

Em véspera de eleição as articulações políticas ocorrem num ritmo frenético. Seja a procura de aliados, cúmplices, sejam boatos ou histórias comprometedoras de adversários, as movimentações nesta época do ano sempre ficam agitadas. Prova disso é este bombardeio entre PT e PMDB, ex-aliados, e que agora cravam uma briga em rede nacional em busca de mais poder. Tudo começou aqui no estado do Rio de Janeiro depois de o Senador Lindbergh Farias (PT) confirmar sua pré-candidatura ao governo do estado, terminando então uma aliança com o PMDB. Insatisfeito com a decisão do PT e por diminuir as pretensões de Pezão (PMDB) de conseguir se eleger governador do estado, os partidos vêm enfrentando entraves em esferas estadual e federal.  Que o diga o deputado Eduardo Cunha (PMDB), um dos mais contundentes nas discussões."
No entanto o clima na ALERJ entre os deputados regionais dos partidos citados parece estar mais ameno, já que recentemente o deputado estadual e vice-presidente da ALERJ, Edson Albertassi (PMDB), solicitou aos amigos da Mesa Diretora “proferirem o voto no sentido de que não seja conhecido o procedimento administrativo em baila, em face da deputada Maria Inês Pandeló Cerqueira (PT)”. O pedido foi feito porque Inês Pandeló vem sendo derrotada na Justiça em todas as instâncias por improbidade administrativa, se enquadrando na lei da Ficha Limpa, precisando conseguir uma liminar para concorrer ao pleito deste ano. Para quem não se lembra, Inês é acusada de se apropriar de parte do subsídio de seus assessores parlamentares em benefício próprio. A ex-prefeita também foi condenada em outro processo (de uma campanha publicitária) paga com dinheiro público, que foi veiculada nas rádios e na televisão, quando Pandeló ainda era prefeita da cidade. Neste processo, Inês foi condenada a pagar uma multa de mais de R$ 800 mil. A deputada está recorrendo.
Voltando ao apoio de Albertassi a Inês Pandeló, este fato nos traz alguns questionamentos. Por que o deputado Albertassi, do PMDB, pediu ajuda à deputada petista, que agora é oposição? Será que ela pode ter feito um acordo para apoiar Pezão e assim ter seu processo arquivado na Comissão de Ética? Será que houve outro acordo? Uma foto na capa de um dos principais jornais diários da região (saiu hoje, dia 12) mostra que Inês realmente está entrosada com o deputado Albertassi e o governador Pezão, ambos do PMDB, partido de oposição do PT. Será que Inês vai largar o Lindbegh e o PT?
Mesmo a petista tendo êxito na Comissão de Ética, ela ainda está recorrendo e à espera de uma absolvição que parece improvável. O arquivamento de seu processo na Comissão de Ética da ALERJ pode retardar a execução de sua condenação, mas não mudará em nada caso ela volte a perder mais batalhas no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF). Caso as condenações sejam mantidas, Inês realmente vai ter que tirar o time de campo. Mas se contar com a demora e a burocracia do poder judiciário, as brechas na lei, as liminares e similares, e com esta ajuda que teve da Comissão de Ética, Inês tentará esta candidatura até o final. O arquivamento de seu processo na Comissão de Ética serviu para enlear os eleitores até que a última decisão do Tribunal seja tomada. E não havendo alteração na decisão do Tribunal, a deputada perderá o cargo caso tenha conseguido participar do pleito com uma liminar e ser reeleita. Aí entrariam novos argumentos. Será que valeria a pena Inês ter este desgaste na justiça às vésperas das eleições? Mesmo que consiga uma liminar, esses processos desgastaram a ex-prefeita? A última colocação no último pleito municipal não comprova este desgaste?  Temas esses que também merecem ser discutidos.

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