28 setembro, 2017
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Comitê Médio Paraíba do Sul alerta sobre riscos de queimadas

O aumento no número de queimada na região do Médio Paraíba do Sul, tem gerado grande preocupação para toda a população, em especial para os especialistas ambientais. O presidente do Comitê da Bacia da Região Hidrográfica do Médio Paraíba do Sul, José Arimathéa Oliveira, destaca que a bacia tem sofrido muito com o desmatamento, com o uso extensivo de pastagens e a falta de manejo dessas pastagens e agora com a quantidade aumentada no número de queimadas. “A gente tem identificado uma área muito suscetível aos focos de incêndio que são comuns nessa época do ano em função do grande período de seca, da baixa umidade relativa do ar e dos ventos que atingem com mais força a nossa região nessa época do ano”, disse o presidente, acrescentando que a propagação dos incêndios na região da bacia do rio é derivado de um conjunto de fatores.

O incêndio que atingiu a Serra da Bocaina em Bananal, SP, no último sábado (23), destruiu cerca de 1.200 hectares. Segundo Arimathéa, o incêndio compromete as nascentes do rio Bananal, como consequência envolve um importante afluente do rio Paraíba do Sul, que desagua em Barra Mansa. “Toda bacia do Rio Bananal acaba sendo comprometida na sua capacidade de produção e manutenção do fluxo de água do seu próprio curso e também na sua contribuição para a formação do Rio Paraíba do Sul. Assim como ocorreu na região da Serra da Bocaina, muitos outros focos de incêndio tem acontecido em diversos pontos de toda região do Médio Paraíba”, falou.

Para o presidente essa situação prejudica a bacia no processo de produção de água, e pode gerar uma nova crise hídrica. “Nós vivenciamos nos anos de 2014 e 2015 uma forte crise hídrica, e essa crise é agravada pelo mau uso da bacia, na cobertura do solo e da vegetação que temos em todo afluente do Rio Paraíba do Sul, em especial também a da região do Médio Paraíba do Sul”, destacou, afirmando ainda que o Comitê tem se empenhado para atuar de forma efetiva em conjunto com os municípios, e que em 2018 será desenvolvida uma campanha contra as ocorrências das queimadas. “A proposta é que não seja uma ação pontual, mas sim duradoura, e que durante todo ano possamos levantar junto com toda população a importância da preservação da vegetação na área da nossa bacia o quanto ela é importante para a produção de água e manutenção do nível dos nossos rios”, finalizou o presidente.

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