10 fevereiro, 2014
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COPA DO MUNDO: Brasil pode pegar a atual campeã, Espanha, ou a vice, Holanda, logo nas oitavas de final e pagar mico no Mundial em casa

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Segundo o comentarista esportivo Roberto Assaf, Alemanha e Argentina preocupam mais que possíveis rivais do grupo B


 

O brasileiro em sua grande maioria é um sujeito confiante, ainda mais se tratando de futebol e Copa do Mundo. Temos a seleção que mais vezes ganhou o torneio e este ano a competição é no Brasil, fatores de fácil convencimento para elevar a vibração do torcedor canarinho.  O grupo que conta com Croácia, México e Camarões relativamente não é uma chave difícil. O perigo mora ao lado, no grupo B, adversários do grupo A (grupo do Brasil) nas oitavas de final. Caso o Brasil se classifique em primeiro lugar, enfrentará nas oitavas o segundo colocado do grupo B, caso fique na segunda colocação, pegará o líder do B, ou seja, a atual campeã mundial, Espanha, ou a atual vice-campeã mundial, Holanda. O grupo ainda tem o Chile, que tem um bom time, e a Austrália. Com possíveis adversários de tradição logo na primeira partida eliminatória da Copa, tem muito torcedor fazendo figa e na torcida para a seleção não pagar mais um mico em casa, vide a Copa do Mundo de 1950 no Brasil que dispensa comentários.""

A PALAVRA DO ESPECIALISTA

Segundo o convidado especial Roberto Assaf, a Copa de 2014 tem três favoritos evidentes: Brasil, Alemanha e Argentina. “O Brasil é favorito por todas as circunstâncias, joga em casa, tem um time titular de boa qualidade, é o único país que participou de todos os Mundiais e que mais ganhou títulos. A Alemanha porque seu futebol é apontado como o melhor da Europa em seleções e clubes, como mostram os resultados recentes. E a Argentina porque, além de também ter um grande time, é o mais tradicional rival do Brasil e o enfrenta lá se vão 100 anos, sabe vencê-lo dentro de casa, como já fez em várias ocasiões em tempos distintos. Itália e Holanda estão em um segundo escalão de favoritos.” Em relação à atual campeã Espanha, Assaf lembrou que a rival não demonstra mais tanto perigo.

“A Espanha está com o time campeão de 2010 quatro anos mais velho. E o seu estilo de futebol está manjado”

Em relação ao grupo B, Roberto Assaf acredita na classificação das favoritas Espanha e Holanda, mas sem tirar a importância do Chile e da “zebra” Austrália. “O Chile montou a segunda melhor seleção de sua história, atrás daquela de 1962, que foi terceira colocada, e fará o possível para derrubar Espanha e Holanda, que são as favoritas naturais do grupo. A Austrália é figurante, mas pode se tornar decisiva caso consiga, com a sua marcação forte e a tradicional retranca, arrancar um pontinho de algumas dessas seleções”. Já sobre a Holanda, seleção que eliminou o Brasil na última Copa, o jornalista elogiou o time que fez a melhor campanha nas Eliminatórias da Europa, mas destacou o “histórico de fraquejar em momentos cruciais”.

Perguntado sobre uma possível partida logo nas oitavas de final contra Espanha ou Holanda e uma eliminação precoce em casa, Assaf fez sua análise: “O provável encontro do Brasil com Espanha ou Holanda logo na segunda fase pode sim eliminar o time da casa. Tudo dependerá das circunstâncias do enfrentamento, principalmente das campanhas de cada um na etapa inicial da Copa, boas ou apenas razoáveis, que podem influir no aspecto psicológico. Parece que há uma maior possibilidade de cair diante da Holanda, se levarmos em conta a atuação pobre da Espanha na decisão da Copa das Confederações no ano passado, ressaltando que as equipes serão quase as mesmas daquela final”.

 

Análise de Roberto Assaf sobre o Grupo C

No Grupo C, a Costa do Marfim e, principalmente, a Colômbia parecem as favoritas, mas como a distância entre as outras duas seleções, Japão e Grécia, é pequena, todos os quatro são candidatos. A equipe africana apresenta vários veteranos de copas anteriores, o que pode atrapalhá-la. Além disso, e apesar de reunir jogadores de qualidade, alguns de clubes de ponta na Europa, costuma amarelar nas horas decisivas. Já o problema da Colômbia é a velha autossuficiência, ainda mais agora que é apontada pela imprensa de seu país como a melhor de todos os tempos, um exagero, pois não é de forma alguma superior àquela que reunia Higuita, Rincon, Valderrama, Alvarez, Redin e Asprilla, entre outros. O Japão fez um bom trabalho de renovação, foi o primeiro time que garantiu vaga no Mundial, mas sua capacidade foi posta em dúvida depois que perdeu as três partidas que disputou pela Copa das Confederações, em 2013, no Brasil, embora tenha realizado uma partida espetacular diante da Itália, sofrendo a derrota de 4 a 3 nos detalhes. A Grécia, no grupo, terá o mesmo papel da Austrália no B, embora seja mais consistente e apresente um sistema defensivo difícil de ser batido, semelhante ao que levou o país ao título europeu de 2004, embora a equipe seja outra. Mas a Grécia é a grande zebra.

 

Roberto Assaf:

Formado em jornalismo nas Faculdades Integradas Hélio Alonso (FACHA), no Rio de Janeiro, onde também já deu aula, Roberto Assaf trabalhou em diversos jornais e canais de televisão como, Jornal do Brasil, Jornal dos Sports, ESPN Brasil e SporTV, se especializando em jornalismo esportivo. Atualmente trabalha no Jornal e TV Lance! Já escreveu dezenas de livros, principalmente sobre o Flamengo, seu time de coração.

Nas próximas edições continuaremos falando de Copa do Mundo faremos as análises dos outros grupos, com novos convidados especiais. Também traremos a tabela completa da Copa e sortearemos camisas comemorativas aos nossos leitores.  Acesse nossas redes sociais e saiba como participar.

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