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15 abril, 2025
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Deputado Munir Neto propõe regionalização do projeto ‘Coluna Reta’

O projeto Coluna Reta, lançado pela prefeitura de Volta Redonda em 2023, para prevenção e correção da escoliose idiopática, já realizou mais de 75 cirurgias pelo SUS (Sistema Único de Saúde), e é considerado um sucesso no tratamento da enfermidade, que atinge principalmente adolescentes em fase de crescimento. Pioneiro, o Coluna Reta virou uma lei estadual, de autoria do deputado Munir Neto - lei estadual 10.009/2023 - já sancionada pelo governador Cláudio Castro.

Como o projeto ainda não foi implantado em todo o Estado do Rio, o deputado - que é presidente da Comissão de Assuntos da Criança, Adolescente e Idoso da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) - junto com o coordenador do Coluna Reta, o médico ortopedista Juliano Coelho, está propondo a regionalização da ação, por meio do Cismepa (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paraíba), que engloba 12 municípios do Sul Fluminense - Volta Redonda, Barra do Piraí, Valença, Itatiaia, Pinheiral, Piraí, Porto Real, Quatis, Resende, Rio Claro, Barra Mansa e Rio das Flores. Para isso, Munir e Coelho agendaram uma reunião para o próximo dia 25 de abril com o presidente do consórcio, o prefeito de Piraí, Luiz Fernando Pezão.

“Nós vamos conversar com o Pezão para que o consórcio atenda com o Coluna Reta os municípios, inclusive implantando um pólo do projeto na região, possivelmente no Hospital Regional. A ideia é fazer com que os pacientes e seus familiares não precisem viajar ao Rio de Janeiro para fazer a cirurgia, nos casos em que for necessário. Em Volta Redonda, as operações são feitas no Hospital São João Batista, mas no caso de pacientes de outros municípios, a cirurgia tem que ser realizada no Hospital da Criança, no Rio de Janeiro. A regionalização acabaria com esse transtorno”, disse Munir, ressaltando ainda que a medida ajudaria a desafogar a fila de cirurgias na unidade da capital. “Isso também acabaria desafogando a fila no Estado e, além disso, depois da regionalização ficaria mais fácil levar o projeto para todo o Rio de Janeiro”.

O médico ortopedista Juliano Coelho, especialista em coluna que coordena o projeto, destacou que a grande vantagem do Coluna Reta é fazer o diagnóstico precoce da escoliose idiopática, que se caracteriza por um desvio lateral e rotacional da coluna vertebral, atingindo principalmente adolescentes em idade de crescimento, entre 9 e 14 anos, sendo cinco vezes mais prevalente em meninas. O desvio pode ser tão grande que incapacita fisicamente o paciente, podendo até mesmo comprimir orgãos internos, como o pulmão.

De acordo com o médico, o projeto em Volta Redonda é pioneiro na prevenção da doença, ao fazer uma triagem em massa nas escolas da rede municipal, evitando que os casos se agravem e se tornem cirúrgicos.

“A melhor solução para a escoliose é o diagnóstico precoce, a medicina preventiva. Atualmente nós temos mais de 80 crianças fazendo fisioterapia especializada, que se não houvesse o projeto, seriam casos cirúrgicos. E já diminuiu o número de casos cirúrgicos, provando que a prevenção está funcionando”, relatou. De acordo com o médico, a regionalização, além de trazer mais comodidade para os pacientes e familiares, também pode agilizar o atendimento de casos mais graves. “A regionalização seria para atender primeiro os casos com indicação cirúrgica. Depois, a prevenção seria a cargo de cada município, inclusive baseado na lei estadual do deputado Munir Neto”, destacou.

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