
Diretor de Casa de Reabilitação em Piraí é preso em flagrante por fornecer alimento impróprio para consumo a internos
Após receber denúncia de que uma casa de reabilitação para dependentes químicos, no bairro Varjão, em Piraí, mantinha os internos em condições inadequadas, o delegado da 94ª Delegacia de Polícia, Antonio Furtado, foi até o local com fiscais da vigilância sanitária, agentes da Secretaria de Fazenda e da Assistência Social, comprovando a existência de produtos impróprios para o consumo, vencidos, repletos de fungos e larvas de insetos, armazenados em ambiente sujo, úmido e sem vedação. O diretor da clínica, um homem de 32 anos, foi preso em flagrante.
– Fomos até o local com os policiais civis e a vigilância sanitária e encontramos produtos impróprios para o consumo e fora da validade. Diante disso, o presidente da casa de habilitação, que no momento estava sozinho, foi preso em flagrante por manter em estoque e entregar para o consumo mercadoria imprópria. A pena varia de dois a cinco anos de prisão – contou o delegado da 94ª Delegacia de Polícia, Antonio Furtado.
Em setembro de 2024 o local foi notificado pela prefeitura de Piraí para resolver os problemas encontrados. Desde então, quatro visitas foram feitas e nenhuma das exigências foram cumpridas. Na casa estavam internados 20 pacientes, que pagavam entre R$300 e R$600 por mês pelo atendimento, além de trabalharem com materiais recicláveis.
– Há seis meses a prefeitura tentava resolver o problema da casa de reabilitação, como as exigências não foram cumpridas, tornou-se indispensável fechar o estabelecimento através de um auto de interdição. Um laudo deixou muito clara a condição insalubre dos alimentos e por isso a prisão em flagrante. No máximo amanhã, o diretor da casa de reabilitação vai ser transferido para o presídio do Roma, em Volta Redonda, para aguardar a audiência de custódia – explicou o delegado Furtado.
Não é a primeira vez que Piraí tem um episódio como esse. Em 2017 outro estabelecimento, semelhante a essa casa de reabilitação, também foi fechado na cidade.
– Naquela ocasião não houve prisão, mas dessa vez, diante das provas colhidas, em especial, porque a prefeitura já tinha apreendido quase meia tonelada de alimentos estragados, em 2024, no mesmo local de hoje, era fundamental prender o responsável e evitar a continuidade dos crimes – concluiu Antonio Furtado.
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