Greve dos Bancários tem grande adesão no Sul Fluminense
Movimento é crescente e por tempo indeterminado; bancários cruzaram os braços contra desrespeito dos bancos
No primeiro dia de paralisação dos bancários de todo o país, a adesão dos trabalhadores no Sul Fluminense chegou a mais de 50%. Do total de 117 agências distribuídas nas 16 cidades de abrangência da entidade sindical, 56 bancos (públicos e privados) aderiram ao movimento.
Segundo o presidente do Sindicato, Péricles Lameira, o movimento é crescente. “Os bancários de cidades da região, como Volta Redonda e Barra Mansa, paralisaram as atividades. A tendência é fortalecer o movimento e estender a greve a outras cidades. Rio Claro, Mendes, Porto Real e Quatis, também mostraram a força que têm no cenário do Brasil e paralisaram os serviços”, explicou Cabral.
Na região, 17 agências do Banco do Brasil permaneceram fechadas; 19 da CEF; seis do Bradesco; 11 do Itaú; dois do HSBC; cinco do Santander e uma do Mercantil do Brasil.
Cabral ainda destacou que a greve tem a finalidade de arrancar da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) uma proposta digna de reajuste salarial para a categoria. “Buscamos desde agosto uma negociação com os bancos pois a nossa data base é 1º de setembro. Porém, não houve avanços. Dia 25 passado, os bancos apresentaram uma proposta de 5,5% de reajuste para salários, PLR, vales e auxílios, que nem chega perto de cobrir a inflação de 9,88% no período (INPC) e representa perda de 4% para a categoria. Um setor, que mesmo diante da crise financeira, lucrou R$ 36,3 bilhões só no primeiro semestre deste ano, se recusa a oferecer condições de trabalhos e salários dignos para a categoria. Estamos em greve, sim, e a culpa é dos banqueiros”, desabafou Cabral.
As principais reivindicações dos bancários são: Reajuste salarial de 16% (incluindo reposição da inflação mais 5,12% de aumento real), PLR de três salários; piso inicial no valor de R$3.299,66; melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários; fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas e implantação doPlano de Cargos, Carreiras e Salários.
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