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21 março, 2025
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Incentivado por projeto da prefeitura, jovem de VR trilha carreira na área de tecnologia

Escolher uma profissão pode ser um desafio para muitos ao longo da vida e uma decisão fácil para outros. No entanto, o contato com a experiência de uma determinada carreira, principalmente durante a infância e a adolescência, pode ajudar e até mesmo incentivar a escolha da área a seguir, proporcionando um sentimento de gratidão por quem é auxiliado. Esse é o caso do jovem Mateus Regasi Gomes, de 20 anos, ex-aluno do Colégio João XXIII, da Fevre (Fundação Educacional de Volta Redonda), que teve no projeto de Robótica da escola o preparo e o incentivo para escolher a tecnologia como caminho profissional.



Mateus teve os primeiros contatos com o projeto quando cursava o 6º ano do ensino fundamental no colégio da rede pública municipal e seguiu aprendendo mais sobre esse universo até o 9º ano. Ele conta que não tinha conhecimento sobre robótica quando começou, mas já se interessava pelo mundo dos equipamentos eletrônicos.



“Eu já gostava bastante de tecnologia desde criança, mas, com certeza, o projeto de robótica ajudou a aflorar isso ainda mais. Tive contato com muita coisa que antes não conhecia, desde questões de componentes de sistemas embarcados até lógica de programação bem básica. Também tive a oportunidade de pôr em prática edição de vídeo e muito mais”, explica Mateus.



Foram muitas as atividades e os projetos desenvolvidos ao longo do período em que esteve em contato com a robótica no colégio, como amostras, Curso de Arduino em parceria com a UFF de Volta Redonda, casa inteligente e arcade portátil com Raspberry Pi (minicomputador), entre outros.



Essas criações e participações contribuíram também para o desenvolvimento da socialização e do trabalho em equipe do jovem, que se mostrou grato por tudo o que o projeto proporcionou em sua vida.



“Antes, eu não tinha essa visão de construir coisas comunitariamente, com pessoas ao meu lado me ajudando em um projeto específico. Eu fazia tudo sozinho. Ali [no projeto], aprendi a me comunicar melhor com as pessoas e, por meio dessa comunicação, a desenvolver projetos e a alcançar meus objetivos”, relata.



O coordenador do projeto de Robótica, o professor Frederico Pitassi, destaca que a iniciativa oferece muitas possibilidades aos alunos, tanto no nível técnico quanto no social e educacional. “Agrega valores fundamentais para o mercado de trabalho, ensina o que é trabalho em equipe, ajuda em todas as disciplinas e também a se portar melhor como cidadão. Amplia os horizontes e mostra que é possível vencer na vida, que vale a pena sonhar e acreditar, e que existe escola pública de qualidade.”



Conquistas



Com a integração com os colegas e o interesse crescente pela tecnologia proporcionado pelo projeto de Robótica, Mateus chegou a participar de várias competições e conquistar premiações. Dentre elas, uma medalha de prata e uma menção honrosa na Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) – uma das competições científicas brasileiras que utiliza a temática da robótica, com o objetivo de estimular os jovens às carreiras científico-tecnológicas, identificar talentos e promover debates e atualizações no processo de aprendizagem.



“No mundo da robótica, eu também consegui adquirir interesse em olimpíadas, porque, dentro das áreas de exatas, há várias, como as de Informática, Robótica, Matemática e Astronomia. Aqui [no projeto], eu tive essa introdução”, complementa Mateus, que também foi medalhista de bronze, prata (duas vezes) e ouro na Obmep (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas).



Com toda a base e o incentivo obtidos durante o período em que participou do projeto de robótica no Colégio João XXIII, Mateus decidiu seguir na área, cursando o ensino médio no IFRJ (Instituto Federal do Rio de Janeiro), onde fez o Curso Técnico de Informática no campus de Pinheiral. Logo em seguida, mudou-se para o município de Niterói, na região metropolitana, onde, neste primeiro semestre, cursará o quinto período da faculdade de Ciência da Computação da UFF (Universidade Federal Fluminense).



“O Mateus é um exemplo vivo de que vale a pena investir na educação tecnológica. Um rapaz que ficou quatro anos conosco, tornou-se aluno destaque no colégio, desenvolveu-se, conquistou diversas medalhas, inclusive teve a maior nota na Olimpíada Brasileira de Robótica em Volta Redonda na época, desenvolveu vários projetos, aperfeiçoou-se em programação, chegou a criar um jogo quando esteve no projeto. Ver o sucesso de alunos assim é motivador demais, saber que trouxemos valores para toda a vida”, ressalta o professor Frederico Pitassi.



Assim como a história de Mateus Regasi, muitas outras vêm sendo compartilhadas por meio da série “Gratidão Não Prescreve”, da Prefeitura de Volta Redonda, com relatos de pessoas que são gratas pelo acolhimento, pelo atendimento recebido ou até mesmo por um serviço oferecido pela administração municipal, nas mais diversas áreas, que impactou positivamente suas vidas.

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