Prefeito de Volta Redonda se reúne com donos de loterias e faz proposta de segurança

Representantes de casas lotéricas aprovam a instalação de câmeras de monitoramento nas imediações das lojas, ligadas ao Ciosp

        O prefeito Antônio Francisco Neto se reuniu com cerca de 12 representantes de casas lotéricas de Volta Redonda, além da Polícia Militar e da Polícia Civil, na tarde desta quinta-feira (dia 5), no Gabinete, onde discutiu medidas de segurança contra assaltos e furtos a esses estabelecimentos. Entre as propostas apresentadas por Neto, está a compra, pelos comerciantes, de câmeras de segurança, que seriam então doadas municípios, que se responsabilizaria pela instalação e manutenção dos equipamentos, que seriam colocados nas imediações das lotéricas e ficariam ligados 24 horas ao Ciosp (Centro Integrado de Operações de Segurança Pública).
Neto salientou que a própria divulgação da instalação dos equipamentos já irá inibir os roubos, funcionando como prevenção aos crimes. “O ideal é dificultar o máximo para o ladrão para que ninguém seja roubado. Esta mesma proposta eu já fiz aos bancos, mas não foi à frente porque eles não têm a autonomia que vocês têm”, comparou. Segundo o diretor da Suser (Superintendência de Serviços Rodoviários), Paulo Barenco, atualmente no mercado o preço de uma câmera está entre R$ 4,6 mil e R$ 4,9 mil. O custo de instalação seria por conta do município.

APOIO -   A reação a proposta do prefeito, que chamou para uma nova reunião para os ajustes finais, foi positiva. “Excelente a proposta, estamos animados para comprar a câmera. Da outra vez, eu também queria, mas o valor estava muito alto. Dessa vez o valor é mais acessível”, disse Bazílio Ronaldo Costa, responsável por três agências lotéricas no Aterrado, Retiro, e Vila. Jardel Machado, de uma loteria no bairro São Luiz, também aprovou a proposta e acredita na adesão da maioria para ter uma câmera próximo à casa comercial.
        Durante o evento, o diretor técnico da EPD-VR (Empresa de Processamento de Dados de Volta Redonda), Edvaldo da Silva, fez demonstrações do poder das câmeras para identificar situações de perigo e para a leitura de placas de veículos. O delegado adjunto da 93ª DP, Rodolfo Atala, fez um balanço dos roubos e assaltos, atribuindo o aumento de alguns índices à crise econômica, e afirmou que a população deve colaborar registrando queixa de eventuais roubos, e fornecendo informações para a Polícia, principalmente pelo número 197 – Teia Invisível, serviço de denúncias anônimas operado em conjunto pela Polícia Civil e o Ciosp.
“Cada informação sobre o crime é importante, estamos prendendo até quando identificamos a roupa que o criminoso está usando, mesmo não conseguindo boas imagens para identificá-los”. Segundo o delegado, 80% das prisões são de bandidos de fora do município. “Além da ajuda da Polícia Militar que está com mais 20 homens nas ruas no policiamento ostensivo e preventivo, estamos também aumentando as blitzes, principalmente nas entradas da cidade, que são mais vulneráveis”, afirmou Atala. O tenente coronel Mauro Silva, subcomandante do 28º Batalhão da PM representou o comandante Cesar Augusto de Souza Rosa.
        O superintendente Regional da Caixa Econômica, Walter Luiz Siqueira da Silva, presente ao encontro de segurança, se colocou à disposição para uma linha de financiamento aos presentes para a compra das câmeras. O major Luiz Henrique Monteiro Barbosa, comandante da Guarda Municipal, também participou do encontro.