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07 março, 2018
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Santa Casa de BM investe em procedimentos de Alta Complexidade

Medida administrativa permite que o hospital garanta 48,49% do faturamento do SUS

A administração da Santa Casa de Misericórdia de Barra Mansa, já falou inúmeras vezes sobre como a remuneração da tabela do SUS (Sistema Único de Saúde) está ultrapassada. No entanto, o hospital realiza mais de 80% dos seus atendimentos para o SUS (Sistema Único de Saúde), sendo o único hospital privado de Barra Mansa. A Santa Casa resolveu há alguns anos investir em Alta Complexidade com o objetivo de suprir a demanda, o que consequentemente, aumentou o faturamento. Ao todo, 48,49% do que a Santa Casa recebe do SUS é proveniente dos procedimentos de Alta Complexidade.



Quem ganha com a situação é a população, que passa a ter serviços de ponta em sua cidade. “Além de Barra Mansa, onde estamos alocados, a região inteira ganha, pois com serviços de ponta oferecidos, atendemos não só Barra Mansa, mas toda a região”, comentou o diretor administrativo da entidade, Altair Carvalho.



Atualmente a Santa Casa atua em cinco segmentos de Alta Complexidade e a expectativa é que ainda este ano mais um novo segmento seja iniciado, o de Transplante de Córnea. Ao todo, a Santa Casa de Barra Mansa realiza os seguintes atendimentos de Alta Complexidade: Tratamento de HIV/AIDS; Cardiovascular (sendo este considerado referência no Estado do Rio); Saúde Auditiva; Oncologia (Unacon) e Captação de Órgãos (OPO). São mais de 34 municípios atendidos em diversos desses setores.



O setor Cardiovascular vai ganhar este ano mais um aparelho de angiógrafo, o qual permite o diagnóstico e o tratamento de doenças Cardiovasculares. Atualmente, são realizados cerca de três mil procedimentos, por ano. Com o novo equipamento, a pretensão da direção da entidade é dobrar essa quantidade de procedimentos. “Será um equipamento com as mesmas características dos disponíveis nos maiores e mais famosos hospitais do país, sem igual em nossa região. Terá a capacidade de geração de imagens de altíssima definição e em 3D, possibilitando aos médicos a realização de procedimentos de grande complexidade, com maior praticidade e precisão”, informou o médico responsável pelo setor, Rodrigo Lagny.



Valores repassados – Um hospital filantrópico funciona sem fins lucrativos, ou seja, todo o lucro apurado é investido no próprio hospital. Quanto maior o recurso arrecadado, maior será o investimento que retornará ao hospital, seja ele particular, por plano de saúde ou pelo SUS (Sistema Único de Saúde). “Por isso, os serviços de Alta Complexidade possuem tanta importância, administrativamente falando”, complementou Altair, reforçando que os atendimentos particulares e os realizados pelos planos de saúde, também colaboram para o hospital fechar as contas no fim do mês.



Os repasses de Alta Complexidade correspondem a 48,49% dos valores pagos pelo SUS (Sistema Único de Saúde) ao hospital. “Um percentual relevante para que continuemos a prestar esse serviço. Os atendimentos de alta complexidade são exclusivos. Nós somos o único hospital que atende pelo SUS (Sistema Único de Saúde) na cidade. Tê-los em pleno funcionamento, nos dá autonomia para continuar a avançar na busca de recursos para a saúde do nosso município e região”, afirmou Altair.



Alta Complexidade - As complexidades no SUS (Sistema Único de Saúde) referem-se ao tipo de financiamento dos procedimentos. Os procedimentos de Alta Complexidade são aqueles que necessitam de mais recursos para sua realização, tais como tecnológicos (equipamentos e materiais específicos); humanos (maior especialização da equipe médica); e financeiros (maior utilização de recursos financeiros devido ao alto custo dos procedimentos).


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