Alerj debate importância da cooperação comercial entre Brasil e Angola
O Fórum da Alerj de Desenvolvimento Estratégico esteve reunido nesta segunda-feira (24/06) para debater a importância das relações econômicas e comerciais entre o Rio de Janeiro e Angola para o desenvolvimento do Estado, abordando a experiência da Feira Internacional de Luanda (Filda), maior evento comercial de dimensão internacional do país africano, como uma forma de expandir parcerias entre os continentes. O encontro aconteceu na sede do Parlamento fluminense.
Segundo a deputada Tia Ju (REP), segunda vice-presidente da Mesa Diretora e responsável pela condução do Fórum, os laços que unem as duas nações são históricos e cruciais para o desenvolvimento mútuo, tanto econômico quanto social. Durante a reunião, a parlamentar reiterou que a Filda é uma excelente oportunidade em um mercado consumidor em franca expansão, sendo o quarto principal destino das exportações brasileiras.
“É uma honra estar como representante da Alerj no comando do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico e discutir uma pauta tão importante para nós, que é a relação entre o Estado do Rio de Janeiro e o continente africano. Em particular, a estreita ligação com a Angola em sua capital, Luanda. Essa relação não apenas histórica, mas também econômica, pois tem se mostrado crucial para o desenvolvimento mútuo e para a promoção de oportunidades e negócios promissoras. Estado do Rio e Angola compartilham laços profundos e, hoje, eles se manifestam de maneira ainda mais robusta, através de iniciativas como a Feira Internacional de Luanda, a Filda, um dos eventos mais importantes do continente africano”, comentou Tia Ju.
O subdiretor-geral do Fórum, Frederico Lima, destacou que a Filda é uma vitrine para as oportunidades de negócio em Angola e também um ponto de encontro para empresários e investidores de todo o mundo, incluindo aqueles do estado do Rio de Janeiro. Ele ressalta ainda que, para o Estado do Rio, participar da Filda não é apenas uma estratégia de expansão de mercado, mas uma oportunidade para fortalecer laços comerciais com Angola e explorar novos horizontes em um dos mercados mais dinâmicos da África.
“Nos últimos anos, o comércio bilateral entre o Estado do Rio e Angola tem crescido significativamente, com destaque para a exportação de produtos, como máquinas, equipamentos eletrônicos e produtos químicos. Além do comércio, há um potencial enorme para a cooperação em áreas como a infraestrutura, energia renovável, agricultura e turismo. O Rio de Janeiro, com sua experiência em petróleo e gás, pode contribuir significantemente para o desenvolvimento sustentável de Angola, portanto é imperativo que continuemos a fortalecer esses laços econômicos e promover uma colaboração ainda mais estreita entre o Estado do Rio de Janeiro e Angola através de eventos como a Filda”, afirma Lima.
Cooperação contínua
O cônsul-geral da República de Angola no Brasil, Mateus de Sá Miranda Neto, destacou durante a reunião que o futuro das relações entre o Estado do Rio de Janeiro e Angola é promissor e depende do nosso compromisso contínuo com a inovação, a cooperação e o desenvolvimento econômico sustentável.
“É uma enorme satisfação falar das contribuições do continente africano para a economia do Brasil e do Estado do Rio de Janeiro. A contribuição do continente africano na construção da sociedade brasileira é incontornável, é inegável, e não se restringe aos aspectos culturais, como a dança, a música, a capoeira, a culinária, a religiosidade. O Brasil estabeleceu relações de cooperação e comerciais com vários países africanos, sobretudo petrolíferos como Nigéria, Gabão, Argélia, Líbia, Congo e Angola. O futuro das relações entre o Estado do Rio e Angola depende do nosso compromisso”, declarou o cônsul-geral de Angola.
Segundo a Presidente do Conselho Pan-Africano no Brasil, Priscilla Cadette, a Alerj é o local principal para este diálogo sobre a parceria entre Brasil e Angola e das oportunidades de desenvolvimento mútuo entre os países. Ela explicou a atuação do Conselho e de sua importância na elaboração de oportunidades de negócios na Agricultura, na transição energética, Infraestrutura, migração, saúde, educação, desenvolvimento humano e cultura.
“É com grande honra que retornamos a essa Casa mais uma vez para dialogarmos sobre as contribuições do continente africano ao Estado do Rio de Janeiro, e para falarmos sobre a atuação do Conselho e, também, a respeito da Filda, que está na sua 39ª edição. O Conselho Pan-Africano é uma instituição global estabelecida em 2012 com sede em Luanda e possui uma cadeira consultiva dentro da União Africana. O Conselho Pan-Africano possui escritórios em Ghana, África do Sul, Caribe, Estados Unidos, Colômbia, Brasília e estamos empenhados em abrir o escritório no Rio de Janeiro até o final deste ano, reconhecendo a importância estratégica do Estado para os negócios e sua capacidade de ser uma “caixa de ressonância” para todo o Brasil”, pontuou Cadette.
Também participaram da reunião o subsecretário executivo da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico Indústria, Comércio e Serviços, Sebastião Médici; o presidente do Conselho Administrativo da Feira Internacional de Luanda (FILDA), Bruno Mascarenhas Albernaz; a vice-presidente do Conselho Empresarial de Varejo da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), Ana Cristina Carvalho; o presidente da Conspan-Inter Consultoria Panafricana Internacional, Arcanjo Carlos Pimenta; e o presidente da RBC Tur Turismo, Robson Cruz.
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