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10 fevereiro, 2023
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América Tereza presta contas de dois meses à frente da intervenção do Hospital Cruz Vermelha de Barra do Piraí

Após dois meses à frente da Cruz Vermelha de Barra do Piraí, por conta da intervenção naquela unidade de saúde – através do Decreto 413/2022 -, a prefeitura presta contas pelo trabalho neste período. O objetivo era sanar as dívidas com os 126 colaboradores e fornecedores, após embargos sucessíveis e a possibilidade de decretar estado de colapso e perigo iminente de fechamento da referência estadual em tratamentos prolongados.



Com 90 anos em atividades em Barra do Piraí, a Cruz Vermelha sempre foi vista como exemplo de gestão, apesar de contratempos que sempre bateram às portas daquela instituição. Em janeiro de 2018, por conta de problemas internos, a prefeitura teve que intervir no sentido de evitar que a unidade apresentasse dificuldades maiores e interferisse no andamento geracional. Já em dezembro daquele mesmo ano, o hospital voltou a ser gerenciado pela matriz no Rio de Janeiro.



Em reunião, na sexta, 10, para apresentar os novos dados, a interventora da Cruz Vermelha em Barra do Piraí, a secretária Municipal de Comunicação Social, América Tereza do Nascimento, informou sobre o andamento geracional do hospital. Apresentou os membros da Comissão Interventora composta por ela, pelo dentista Pedro Gomes da Cunha e Thadeu Valadão Pedroso. Ratificou a importância da administração local, que, segundo ela, não era a responsável pela negativação do CNPJ daquela unidade.



“Muito pelo contrário, assumimos a Cruz Vermelha em novembro do ano passado, tudo estava correto com a Receita Federal. E, quando fomos abrir a conta na Caixa e Banco do Brasil, dias depois, vimos que o CNPJ estava inadimplente, em todas elas, inclusive a matriz, nos impedindo de ser correntista. Agora, conseguimos restabelecer o CNPJ – através de ação judicial proposta pela Procuradoria Geral - e fizemos os pagamentos dos funcionários e fornecedores. E o hospital teve o que a gente chama de ‘respiro’ financeiro”, aponta América Tereza.



Quando questionada se a direção local não sabia dessas questões, a interventora lembrou que “a administração era local, mas que a autonomia era no Rio de Janeiro”. “Recursos sempre foram repassados. Mas havia esse problema. Tudo ficava retido lá na capital. Hoje já não existe mais essa tensão; estamos ‘linkados’ entre as partes governamental e geracional. Apontamos que ainda há bloqueios de rotina por conta de ações na Justiça, que não são de funcionários da unidade barrense, mas sim de outros municípios. Esperamos que isso não se repita e consigamos caminhar bem na gestão local”, acredita a secretária.



Sobre os próximos passos, América Tereza aguarda a auditoria completa e que a Cruz Vermelha regularize a “sua vida financeira e fiscal”. “Assumimos no ano passado e podemos ir até 31 de dezembro de 2023, podendo, sua validade, ser antecipada ou prorrogada. Precisamos ter a garantia de que o hospital – único no estado com 100 leitos e em tratamentos prolongados habilitado pelo Ministério da Saúde – consiga se manter como referência regional. Sua falência financeira e administrativa impactaria toda a população dos 92 municípios”, finaliza América Tereza.

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