Anos 30 e 40, charme e elegância...
Crise, uma palavra curtinha e que tem um efeito enorme! E não estou falando da crise atual não, estou lembrando da década de 30 na qual a crise foi mundial com a quebra da Bolsa de Valores de NY causando disparo de inflação e desemprego.
Mas as classes mais favorecidas ignoravam a crise. A moda predominante sofria a influência de estrelas do cinema, como Greta Garbo e Mae West. Casacos de pele e vestidos longos eram o must da época. Grandes decotes desnudavam o corpo. Os vestidos de dia eram confeccionados de forma a dar à silhueta feminina um novo visual, com ombros largos, quadris estreitos e decotes acentuados.
Sandálias de diversos modelos, mas com predominância dos saltos grossos para serem usados com calças, e saltos anabela de cortiça, corda ou madeira, bolsas pequenas e com fecho de metal. A moda praia com saiotes deixou de existir e surgiram exatamente os biquínis que usamos atualmente, cropped e com calcinhas de cintura alta e ainda com uma tendência bem atual... Silhueta bem marcada, com os músculos modelados. A prática de exercícios físicos tornou-se hábito para que os músculos pudessem ser valorizados entre os drapeados, recortes e tecidos como jérsei.
Saias com corpetes ajustados vieram em vários modelos, o nosso atual “conjuntinho” de saia e blazer. Com bolsos gaveta, bordados com linhas sóbrias e tons escuros (como fez Balenciaga), modelos mais simples e racionais. Um grande diferencial vinha do chapéu ou turbante, que bombou naquela época... Assim como bomba hoje, mas naquele caso era por conta da guerra, que impedia as mulheres de irem ao cabeleireiro.
Mas o mais interessante dessas décadas, que me chamou atenção, foi exatamente o que vivemos hoje, uma valorização do artesão, do feito a mão. Com a escassez de matérias-primas, o artesanato se desenvolveu, empregava-se todo o material disponível. Assim, durante aquele período não se podia mais separar a imagem da mulher dos acessórios artesanais, que faziam o charme de sua aparência, e fazem até hoje, concordam?
Beijos e até a década de 50 e 60...
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