18 março, 2016
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Aumenta número de casos de HIV em Resende

Em 2015, Resende registrou 65 novos casos de HIV, o que representa um aumento de cerca de 58% em relação ao ano anterior. Mas o que mais preocupa a Secretaria Municipal de Saúde é o aumento do número de casos entre a população mais jovem. Desse número, 50 são homens e, desses, 31 têm menos de 30 anos.
Segundo a coordenação do Serviço de Atenção Especializada DST/HIV/Hepatites Virais, da Secretaria de Saúde, “o número de jovens portadores do vírus HIV vem aumentando em Resende, porque eles acham que ninguém mais morre de Aids hoje e que, se pegar o vírus, é só tomar o remédio que acabou e que está tudo bem”.
- O grande problema é que com a facilidade do tratamento, as pessoas perderam o medo da doença, principalmente os jovens que não viveram a década de 80 quando a Aids surgiu e era considerada uma sentença de morte. Mas a doença ainda é a mesma, perigosa e requer cuidado, o que melhorou foi o tratamento. Além do estigma que carrega causando preconceito - explica a coordenadora do SAE, Paula Carolina Peixoto.
A aids é transmitida por meio de relações sexuais sem preservativos, pelo compartilhamento de seringas contaminadas e de mãe para filho durante a gestação e amamentação. Há muitos soropositivos que não apresentam sintomas da doença, mas podem contaminar outras pessoas.
Por isso, a coordenadora do SAE destaca que o diagnóstico precoce da doença é fundamental, até para aumentar a eficácia do tratamento. Em Resende, o serviço realiza testes rápidos que detectam os anticorpos contra o HIV em até 30 minutos com a coleta de uma gota de sangue da ponta do dedo.
Para fazer o teste, não é necessário ter encaminhamento ou solicitação médica, basta comparecer ao Serviço de Atenção Especializada, toda terça e quarta, das 8h às 11h, portando o cartão SUS e um documento de identificação.
O SAE fica no Posto Resende, no Centro Histórico, antigo Posto do Estado, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e atende crianças e adultos com DST/HIV/Hepatites virais individualmente ou em grupos. A equipe é formada por assistente social, psicólogo, técnico de enfermagem, enfermeiro e médicos (pediatra, infectologista, clínico geral e hepatologista), oferecendo aconselhamento e solicitação de testes, ações educativas para a prevenção de DSTs, entre outras.

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