11 dezembro, 2015
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Banco de Olhos já forneceu 1.204 córneas para transplantes no estado

Banco de Tecido Ocular Pedro Sélmo Thiesen encaminha material para Central Estadual de Transplante, onde 990 córneas já foram transplantadas

        O Banco de Tecido Ocular Pedro Sélmo Thiesen - Banco de Olhos de Volta Redonda - inaugurado em maio de 2010, anexo ao Hospital São João Batista (HSJB), no bairro Colina, disponibilizou para a Central Estadual de Transplante do Rio de Janeiro, até novembro de 2015, um total de 1.204 córneas para transplante e destas, 990 já foram transplantadas. A informação é da Rosa Lages, assessora técnica da direção do Hospital São João Batista e coordenadora do Projeto Banco de Olhos do município.
        Segundo ela, o Banco de Olhos de Volta Redonda é o grande responsável pela diminuição da fila de espera para transplante de córneas dos pacientes no Estado do Rio.
“Os transplantes são regulados pelo Governo do Estado, através da Central Estadual de Transplante, que recebe a notificação dos óbitos e comunica ao Banco de Olhos, que faz a captação da córnea após cumprir todo o protocolo de avaliação do possível doador. Para tanto é realizada uma triagem Clínica, e se forem confirmadas as condições para a doação é realizada a entrevista familiar para se obter a autorização para captação do globo ocular”, explicou Rosa.
As cirurgias de transplantes são realizadas pelos Hospitais Transplantadores do Sistema Único de Saúde (SUS), que recebem as córneas através da Central. Hoje o Estado tem sete hospitais credenciados para transplante, nenhum deles na região. O Hospital Regional irá cumprir este papel quando entrar em funcionamento.
A equipe de saúde que atua no Banco de Tecido Ocular Pedro Sélmo Thiesen é responsável pela captação, avaliação, processamento, armazenamento, disponibilização e transporte das córneas até a Central, mantendo sempre a qualidade dos globos oculares obtidos, que são preservadas seguindo todos os critérios estabelecidos pela legislação vigente, explicou a coordenadora Rosa Lages.
Captação de córneas - Ela informou ainda que a equipe técnica do Banco de Olhos é formada por dois médicos oftalmologistas – com especialização em córneas - um enfermeiro e oito técnicos de enfermagem.
Rosa ressaltou que só a família pode autorizar a doação. “Não há nenhum documento ou declaração que a pessoa possa deixar autorizando a doação. Essa intenção deve ser comunicada à família, que são os únicos responsáveis legalmente por autorizar a doação”, disse, completando: “Na entrevista familiar os técnicos conversam com os familiares sobre a importância do ato de solidariedade que é a doação de órgãos, e mediante a autorização, com um documento assinado, fazemos a captação. No Brasil não existe ainda a cultura da doação de órgãos, então precisamos conversar com os familiares, mostrar a importância deste ato”.
A área de abrangência do Banco de Olhos de Volta Redonda é o Médio Paraíba e a área Metropolitana II. Segundos documentos divulgados pela Associação Brasileira de Transplantes, hoje o Estado se encontra na décima posição na classificação dos estados que mais transplantaram córneas de janeiro a setembro de 2015 . A situação começou a mudar no Estado com a implantação do Banco de Olhos Pedro Anselmo Thiesen, que representou um investimento de cerca de R$ 400 mil reais do município de Volta Redonda.

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