27 janeiro, 2016
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Barra Mansa promove ações de combate à hanseníase

Manchas caracterizam a doença, que tem tratamento e cura
Na última semana do mês de janeiro o Ministério da Saúde indica que os municípios realizem a Campanha Nacional de Combate à Hanseníase, uma das doenças de pele mais antigas da história da medicina, conhecida também como lepra. Em Barra Mansa, agentes do Programa Municipal de Hanseníase, distribuíram na manhã desta quarta-feira, dia 27, próximo ao Corredor Cultural, no Centro, informativos sobre a doença.

De acordo com a enfermeira responsável pelo programa, Juliana dos Santos Russi, a ação teve como principal objetivo identificar possíveis casos da doença entre a população. “Hoje temos sete pacientes em tratamento, no entanto, outras pessoas podem ter o bacilo Mycobacterium leprae, que é transmitido através de gotículas da saliva. Por isto, quando detectamos um caso fazemos a investigação de toda a família”, informou.

A hanseníase, segundo Juliana, é uma doença infecciosa e contagiosa e causa manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas na pele com sensibilidade ao calor, frio, dor e ao toque. “É comum também ocorrer sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas extremidades, surgimento de caroços e placas em qualquer local do corpo e diminuição da força muscular, por exemplo, como ter dificuldade para segurar objetos. Algumas pessoas levam até cinco anos para manifestar a doença. Por isto, fazemos uma avaliação simplificada do paciente para verificar se existe apresentação de manchas com sensibilidade sobre a pele ou deformidade física relacionada à hanseníase. Em alguns casos, realizamos o exame laboratorial de baciloscopia da linfa, que colhe um líquido dos joelhos, cotovelos ou orelhas para classificação da doença e definição sobre o melhor tratamento”, detalhou a enfermeira.

A hanseníase tem cura e o tratamento leva em média um ano, é feito por via oral, com a poliquioterapeia (coquetel de antibióticos), e acompanhamento médico. A doença acomete em geral pessoas com faixa etária entre 20 e 50 anos, podendo ocorrer também em crianças, porém em proporção muito menores. A aglomeração de pessoas favorece a transmissão da doença.

Em Barra Mansa, o Programa de Hanseníase funciona na secretaria municipal de Saúde, na Rua Pinto Ribeiro, 65 – Centro, de terça a sexta-feira, das 7h às 17h. Em dez anos, o Brasil registrou uma queda de 68% nos casos de hanseníase. Em 2013, para cada 100 mil habitantes, menos de 16 foram diagnosticados com a doença. Antes este número era de aproximadamente 30 pessoas.

Em relação ao ano de 2014, dados preliminares apontam números ainda menores, de 12,14 por 100 mil habitantes, correspondendo a 24.612 casos novos da doença no país. Na população menor de 15 anos houve registro de 1.793 casos.

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