03 dezembro, 2015
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BM: Fundamp busca alternativas para garantir atendimento aos usuários

Santa Casa de Barra Mansa enviou ofício cancelando atendimento a partir do dia 01 de dezembro

Após ser pego de surpresa pela direção da Santa Casa de Misericórdia de Barra Mansa, o diretor executivo do Fundamp (Fundo de Assistência Médica Permanente dos Servidores Públicos Municipais), Paulo César Alves, tranquiliza os usuários do fundo garantindo que está em busca de alternativas para atendimento hospitalar. A Santa Casa enviou à direção do órgão um ofício na última segunda-feira, dia 30 de novembro, informando que estaria cancelando o atendimento a partir do dia seguinte, 01 de dezembro. “Recebemos um ofício com menos de 24 horas do prazo para suspensão do atendimento. Considero uma falta de respeito aos nossos usuários”, disse Paulo César.

Em ofício, o hospital informa que teria avisado ao prefeito por meio do aplicativo WhatsApp, sobre a possibilidade de paralisação do atendimento ao Fundamp. No entanto, a informação oficial só chegou ao órgão no fim da tarde da segunda-feira, dia 30 de novembro. De acordo com o ofício, somente os casos de urgência e emergência e as consultas pré-agendadas até o dia 30 de novembro seriam realizados. “Já recebi reclamações que consultas estão sendo desmarcadas. Até cirurgias agendadas com antecedência foram canceladas pelo hospital”, afirmou o diretor do Fundamp.

Segundo ele, a Santa Casa alega ter pagamentos em atraso e que, por isso, estaria paralisando o atendimento. O diretor garante que o único débito em curso é no valor de R$ 82.283,76, referente a parte da nota do mês de agosto. Embora pareça que o atraso é grande, o delay no pagamento é comum, pois a própria Santa Casa envia a nota fiscal para recebimento com atraso de 30 dias, em média.

“Eles demoram a faturar a nota dos serviços. Chegando aqui temos que fazer a nossa auditoria que demora, em média, mais 30 dias. Só então reenviamos o processo à entidade que libera, enfim, a fatura. Essa de agosto eu recebi no dia 25 de novembro. Paguei R$ 100 mil no dia seguinte e ficou o restante em débito. Esse é o único atraso”, garantiu o diretor executivo, informando ainda que a nota referente ao mês de setembro está sendo auditada pelo órgão e que a de outubro ainda não foi enviada pela Santa Casa.

“Eles enviaram um email, às 16h44 desta segunda-feira, dia 30, informando que a primeira quinzena de outubro estaria liberada. Como podem me cobrar se o processo ainda nem saiu de lá”, questiona Paulo César, explicando que a demora na conferência do faturamento é comum e acontece há anos. “São muitos detalhes, tantos que a própria entidade, com muito mais funcionários, envia com, no mínimo, 30 dias de atraso. Minha equipe precisa fazer uma auditoria no que foi enviado, porque já encontramos erros graves. Como a cobrança de 76 tubos de pomada para um único paciente, em um único procedimento”, comentou.

O que será realizado – Para garantir atendimento aos usuários, Paulo César informou que firmou contrato com o Hinja e com o Hospital São Camilo, de Volta Redonda, que já estavam em negociação com o fundo. O atendimento deve começar a ser realizado em breve. “Também estamos enviando uma proposta ao Hospital Santa Maria, aqui em Barra Mansa, e vamos abrir espaço para mais negociações com a Santa Casa”, esclarece o diretor. Ele faz questão de explicar ainda que a Santa Casa não tem deixado de receber pagamento do Fundamp. De fevereiro a novembro de 2015, o fundo pagou à entidade R$ 3.620.773,63.

Transparência – Veja como os pagamentos foram realizados:

Janeiro/2015 – R$ 253.805,10 – referente a Setembro/Outubro de 2014
Fevereiro/2015 – R$ 518.000 – referente a Outubro / Novembro de 2014
Março/2015 – R$ 250.000 – referente a Novembro / Dezembro de 2014
Abril/2015 – R$ 317.872,07 – referente a Dezembro/2014 e Janeiro/2015
Maio/2015 – R$ 300.000 – referente a Janeiro/Fevereiro de 2015
Junho/2015 – R$ 194.887,17 – referente a Fevereiro/Março de 2015
Julho/2015 – R$ 541.881,76 – referente a Março/Abril de 2015
Agosto/2015 – R$ 549.047,33 – referente a Abril/Maio de 2015
Setembro/2015 – R$ 181.549,24 – referente a Maio/Junho de 2015
Outubro/2015 – R$ 268.450,76 – referente a Junho/Julho de 2015
Novembro/2015 R$ 245.279,70 – referente a Julho/Agosto de 2015

Segundo Paulo César, as referências são realizadas por dois meses, porque não são meses completos em cada fatura. “A data de início e de finalização da nota não vem, necessariamente, com início dia 01 e finalização no dia 30. Sempre abrange mais alguns dias do mês seguinte, por isso estipulamos as referências por meses distintos”, assegurou.

Paulo César reafirmou após discriminar os pagamentos que o único valor a ser pago para a Santa Casa em atraso é de R$ 82.283,76, referente a parte do mês de Agosto.

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