Brasil sobe 12 posições na disputa por talentos
Desempenho brasileiro, porém, foi influenciado principalmente pela baixa performance de outras economias
São Paulo, 29 de novembro de 2016 – O Brasil foi o maior destaque do novo estudo do IMD sobre desenvolvimento, atração e retenção de talentos, subindo 12 posições, para o 45º lugar, no Ranking Global de Talentos, que avalia a capacidade dos países de atender às necessidades corporativas.
O relatório representa uma avaliação anual da eficácia das nações em gerar e reter talentos para as empresas que atuam em suas economias. A classificação é baseada em mais de duas décadas de dados relacionados à competitividade, incluindo uma pesquisa em profundidade com milhares de executivos em 61 países.
“O maior vencedor no Ranking Global de Talentos é o Brasil, que subiu 12 posições neste ano. Embora esse seja um resultado surpreendente, precisamos considerar que o sucesso do País ocorreu praticamente devido ao mal desempenho de outras nações”, explica o professor Arturo Bris, diretor do Centro de Competitividade Mundial do IMD e responsável pelo estudo.
Com a melhora no resultado deste ano, o Brasil figura na melhor posição entre as economias latino-americanas avaliada, sendo seguido pelo Chile, classificado na 47ª posição no ranking geral e pela Colômbia, em 54º lugar. Logo após aparecem Argentina (55º), México (56º), Peru (59º) e Venezuela (61º).
A pesquisa foca em três categorias principais – investimento/desenvolvimento, atração e prontidão – que, por sua vez, são derivadas de uma gama muito mais ampla de fatores, tais como educação, aprendizagem, treinamento de funcionários, fuga de capital humano, custo de vida, motivação dos colaboradores, qualidade de vida, competências linguísticas, remuneração, taxas e impostos.
“O Brasil teve um resultado pobre em temos de investimentos públicos em educação. Estava em 45º no ranking, entre 60 países, e subiu para a posição 39, o que significa que as políticas públicas estão melhorando, mas ainda há muito a ser feito”, afirma Bris.
Além do Brasil, apenas a Áustria registrou melhora semelhante ao subir 11 posições no ranking, do 19º para o 8º lugar. Os países europeus, aliás, foram o grande destaque, ocupando 9 das 10 primeiras posições no estudo. Suíça e Dinamarca continuaram ocupando confortavelmente a primeira e segunda posição, como no ano passado, com a Bélgica em terceiro lugar, Suécia em quarto e os Países Baixos em quinto.
Finlândia, Noruega, Áustria, Luxemburgo e Hong Kong completam o top 10, com Alemanha (11), Islândia (16), Irlanda (18) e Reino Unido (20) também figurando no Top 20.
O professor Arturo Bris comenta: “Talento é um dos pilares da competitividade da Europa. É verdade que a região em geral continua a enfrentar uma série de problemas, incluindo baixo crescimento econômico. Mas a qualidade de seus sistemas de educação e o comprometimento com o desenvolvimento de talentos, desde uma idade baixa até a aposentadoria, devem preservar sua competitividade de longo prazo”.
Por outro lado, muitas economias proeminentes decepcionaram, com os EUA ficando em 14º, como em 2015, o Japão em 30º e a China continental caindo para o 43º lugar.
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