13 abril, 2016
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Centro de fisioterapia atende 1,6 mil por mês em Volta Redonda

Centro é o único na região que disponibiliza técnicas de RPG e Pilates de solo para pacientes do SUS

        Um dos primeiros serviços prestados pelo complexo de saúde do Estádio da Cidadania, o Centro Municipal de Reabilitação Física Tuffi Rafful (Cemurf) está atendendo com fisioterapia, em média, 1,6 mil pacientes por mês, realizando mais de 43 mil procedimentos mensais. A unidade, que funciona próximo ao Acesso Branco no Estádio da Cidadania, realiza atendimentos em pacientes de pré e pós-operatório, pediatria, neurologia, oncologia, reabilitação cardiorespiratória e uroginecológico, além da Escola de Postura. O encaminhamento para atendimento é realizado através da Policlínica da Cidadania, pelos hospitais e unidades de saúde dos bairros.
“Atendemos crianças, adultos e idosos com atividades como cinesioterapia (terapia através de movimentos), termoterapia (infravermelho, crioterapia), eletroterapia, atendimento em grupo (através da Escola de Postura)”, disse o coordenador do Cemurf, Glauco Oliveira, enfatizando que a unidade é a única na região que disponibiliza técnicas de RPG (Reeducação Postural Global) e Pilates de solo para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
        O coordenador destacou que o Centro de Reabilitação constituiu uma Escola de Postura, que promove exercícios de RPG em grupo. “Nós temos uma equipe de fisioterapeutas trabalhando aqui, e cada um atende diariamente a um grupo de pessoas para correção da postura. Os exercícios, como alongamentos, são feitos simultaneamente com todos os pacientes do mesmo grupo. Com isso podemos atender a mais pessoas ao mesmo tempo”, explicou Glauco, ressaltando que o resultado da recuperação destes pacientes é sempre muito rápido. Ele ainda explicou como é feito o atendimento às pessoas que tiveram membros amputados. "Hoje atendemos 49 pessoas. Alguns já exercitam para receber a prótese e outros já fazem o tratamento com a prótese já instalada", comentou.
        Sobre a fisioterapia respiratória, Glauco disse que essa é indicada aos pacientes que possuem doenças obstrutivas do pulmão. "Este é um serviço que tem muita procura devido à poluição do ar em nossa cidade. Os pacientes com bronquite, asma, enfisema pulmonar e pneumonia, por exemplo, fazem exercícios respiratórios com incentivadores", disse Glauco. "Hoje fazemos também atendimentos a 22 pacientes cardíacos, principalmente após o infarto e com problemas da válvula cardíaca", acrescentou.
ESTRUTURA - O Centro Municipal de Reabilitação física Tuffi Rafful conta com uma equipe composta por 40 fisioterapeutas, três recepcionistas, dois auxiliares de serviços gerais e dois funcionários para o setor de faturamento.
O centro possui uma ampla recepção, sala de pediatria, salas de avaliação, boxes terapêuticos e um ginásio com a capacidade para atendimento de 30 pessoas. Entre os equipamentos disponíveis para os procedimentos estão esteiras, bicicletas, tatames, bola suíça e bosu (meia bola para ajudar no equilíbrio).
        Para Sidnei da Silva Ramos, de 55 anos, morador do bairro Belmonte, que sofre de capsulite adesiva, conhecida popularmente como ombro congelado - uma doença que causa inflamação na cápsula articular do ombro e gera dor seguida de limitação dos movimentos do ombro - o centro representa a possibilidade de voltar a ter uma vida normal.
        “Fui diagnosticado em 2014 e fazia o meu tratamento através do plano de saúde fornecido pela empresa onde trabalho. Por contenção de despesas esse plano foi cortado e então comecei, há cerca de dois meses, a fazer o tratamento aqui. A primeira coisa que me causou espanto foi a estrutura do centro. Nunca imaginei que era um espaço tão bom assim. Depois a surpresa foi com a qualidade do atendimento que é o mesmo que eu recebia através do meu plano de saúde. Essa iniciativa de utilizar um espaço destinado ao esporte para beneficiar a população na questão da saúde é motivo de orgulho”, disse Sidnei.
        Quem concorda com ele é a dona de casa Luciene da Silva Rodrigues, 35 anos, moradora do bairro Santo Agostinho, que foi diagnosticada com Síndrome de Guillain-Barré. “Fui diagnosticada em 2014, quando perdi todos os movimentos nos membros inferiores e superiores. Então fui encaminhada para fazer o tratamento aqui, um mês depois do diagnóstico. Cheguei aqui de cadeira de rodas e saio andando. Esse tratamento foi essencial para a minha recuperação”, afirmou a paciente.

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