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11 janeiro, 2022
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Conheça o Coronel da PM Marcelo Moreira Malheiros, Comandante do 5º CPA

O 5º Comando de Policiamento de Área (CPA), com sede em Volta Redonda, mas que atende 20 cidades do Centro e Sul Fluminense, tendo quatro Batalhões e uma Companhia Independente (Barra do Piraí, Angra dos Reis, Resende, Volta Redonda e Paraty), ganhou em abril de 2021 um comandante solícito, atuante e combativo, o Coronel Marcelo Moreira Malheiros. Em entrevista exclusiva à revista Por Aqui na primeira semana de 2022, o Comandante fez um balanço de sua atuação, falou dos trabalhos realizados e também contou um pouco sobre sua longa carreira dentro da corporação da Polícia Militar.

Oriundo do Rio de Janeiro, Malheiros comandava o 2º CPA (Zona Oeste RJ) antes de chegar à região Sul Fluminense e se instalar em Volta Redonda, no início do ano passado. Parece estar bem adaptado, pois em pouco tempo já conquistou por duas vezes seguidas a primeira colocação no atingimento das metas em todo o Estado do Rio de Janeiro. Questionado sobre o sucesso instantâneo, o Comandante atribuiu a sua ‘escola operacional’. “Trabalhei em batalhões altamente operacionais. Foram 15 anos em duas unidades que necessitavam de um ‘feeling’ operacional. Assim, ganhei experiência e todo batalhão que comando tem essa característica”, revelou, acrescentando que já havia ganhado uma premiação similar no segundo semestre de 2020, no período em que esteve à frente do 2° Comando de Policiamento de Área. "Conseguimos finalizar o semestre em primeiro lugar. À época, havia 10 anos que o 2° CPA não atingia essa classificação", pontuou.

Trajetória

Malheiros ingressou no concurso para a Polícia Militar em 1991 e se formou 'Aspirante a Oficial' na turma de 1993. Além de sua formação como Oficial da Polícia Militar, concluiu o curso de Direito em 2001, pela Universidade Gama Filho, e todos os cursos inerentes à carreira de policial militar, inclusive, o Curso Superior de Polícia Militar (CSPM), na Escola Superior de Polícia Militar - Pmerj, concluído em 2010. Possui, ainda, MBA em Gestão de Segurança Pública pela Fundação Getúlio Vargas (2010) - instrução que, em sua avaliação, capacita muito as suas decisões como Comandante.

Cresceu na carreira atuando como 2º Tenente no 9º Batalhão, em Rocha Miranda, e no 3º Batalhão, no Méier. Durante esse período, foi duas vezes baleado em operações policiais em duas ocasiões diferentes, se recuperou e voltou à corporação em funções internas. “Fiz curso para o posto de Major e comecei a exercer funções administrativas, como Oficial de Planejamento e Subcomandante das unidades, funções que são mais internas. Neste período, retornei como Subcomandante do 9º Batalhão, local que iniciei minha carreira”, revelou.

Em seguida, ainda como Major, inicia seu primeiro comando no Grupamento Especial de Policiamento de Estádios (GEPE), responsável pelo policiamento na área interna do Maracanã e em todos os estádios e áreas esportivas do estado. “Lidar com o público e com as torcidas organizadas foram grandes desafios. Estive lá na época que o Maracanã fechou no período pré-olímpico e conseguimos uma sede nova, já que antes ficávamos no próprio Maracanã. Tivemos que lidar também com a mudança do Estatuto do Torcedor, que requis muito estudo e adaptação. Hoje, o grupamento se tornou o Batalhão Especializado de Policiamento em Estádios (BEPE)”, pontuou Malheiros.

Após sair do GEPE, assumiu seu primeiro Batalhão, o 15º, em Caxias, já como Tenente-coronel. "Galguei os postos superiores ao concluir os cursos obrigatórios com aproveitamento e as promoções a oficial superior que obtive sempre foram por merecimento", explicou.

Comandou também o 27º (Santa Cruz), 14º (Bangu), 20º (Nova Iguaçu), até assumir o RECOM (Batalhão de Rondas Especiais e Controle de Multidões). “O RECOM se assemelha à ROTA de São Paulo, que realiza o patrulhamento tático urbano. Na minha liderança, iniciamos o projeto de uma sede maior, fizemos uma nova roupagem diferenciada, passamos a utilizar viaturas na cor cinza e uniformes com camuflagem urbana, capacitamos nossos policiais com cursos específicos (COPEM - Curso Operacional de Patrulhamento Especial Motorizado) e conseguimos uma queda significativa de 60% nos roubos de veículos por mês, nas áreas apoiadas pelo RECOM. Foi um ganho para a Polícia, pois nossa atuação era em locais com maior índice de mancha criminal, áreas conflagradas nas comunidades e nas vias expressas”, pontuou o Coronel.

Sul Fluminense

Com a ascensão ao posto de Coronel, a mais alta patente da Polícia Militar, o próximo desafio de Malheiros foi o 2º CPA, coordenando sete Batalhões na Zona Oeste do Rio de Janeiro, até chegar ao Sul Fluminense, onde tem mostrado a firmeza de sempre no 5º Comando. “Cheguei e comecei a aplicar meus métodos de trabalho. Tive uma adaptação, que acredito que tenha durado três meses, e em seguida as pessoas começaram a entender e respeitar meu trabalho. Depois de ganhar a premiação no primeiro semestre do ano passado, premiação esta que há seis anos o CPA não obtinha, afinei ainda mais as ações e repetimos a premiação agora, um fato inédito na Polícia Militar”, comemorou Malheiros, acrescentando que já se sente um cidadão de Volta Redonda e região.

- Minha carreira é focada na melhoria do serviço com aplicação de inteligência e logística, para que a população se sinta cada vez mais segura e os resultados sejam efetivos. Me sinto parte de onde eu comando, me sinto parte de Volta Redonda, Barra Mansa e toda a região. Quando algum cidadão tem algum problema, sinto que o problema é comigo. Tomo as dores como se fossem minhas, ou em relação à minha família. Quero que saibam que estamos trabalhando para que dê tudo certo aqui para nossa região" – completou o Comandante do 5º CPA.

Malheiros ainda revelou que o foco principal neste início de ano é o 28º Batalhão, que abrange Volta Redonda e Barra Mansa. “Tivemos problemas sérios em Angra dos Reis e conseguimos equacionar criando UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), Companhias Independentes, reativando DPOs (Destacamentos de Policiamento Ostensivo), fazendo parceria com a prefeitura, utilizando o PROEIS (Programa Estadual de Integração na Segurança), entre outros mecanismos. Acredito que agora tenhamos que focar no 28º Batalhão, pois abrange as áreas que requerem mais atenção”, concluiu Malheiros.

  • Por Diego Raffide

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