Crise compromete contratação de temporários no comércio
A crise econômica instalada no país afetará também a contratação dos temporários no comércio neste final de ano. Dados do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) indicam que nove em cada dez varejistas não vão reforçar o quadro de pessoal no último trimestre do ano. Em Barra Mansa a situação não é diferente e o Sindicato do Comércio Varejista também prevê uma queda na contratação dos temporários em relação ao ano passado.
“Essa diminuição na contratação de temporários para as vendas no final do ano reflete o que vem ocorrendo na economia do país durante o ano de 2015. Os empresários estão receosos com as quedas nas vendas que vem ocorrendo mês a mês durante todo o ano. A crise é a nível nacional e Barra Mansa não está imune a seus efeitos devastadores”, ressaltou o presidente do Sicomércio de Barra Mansa, Alberto dos Santos Pinto.
A orientação do sindicato para aquecer as vendas neste período que antecede o Natal, que é considerado o melhor de vendas, para o comércio é abusar da criatividade. “Os lojistas devem usar ferramentas de marketing de baixo custo adequadas ao seu negócio. A mão de obra deve estar treinada e qualificada para atender um consumidor cada vez mais exigente”, frisou o presidente do Sicomércio.
Segundo dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC), a contratação de temporários vinha com saldo positivo desde 2009. Em 2010, o número de empregados temporários cresceu 9,1% frente ao ano anterior. Já em 2014, o aumento foi de 1,8% com relação a 2013. A desaceleração acompanhou as vendas de Natal que em 2010 tiveram aumento de 9,4% frente a 2009 e, em 2014, cresceram bem menos, 1,8%.
O cenário negativo para o emprego é geral no país e explica as projeções pessimistas para as funções temporárias. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, somente no primeiro semestre de 2015 aproximadamente 162,3 mil postos formais foram fechados na indústria. O comércio eliminou 181,8 mil vagas.
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