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27 maio, 2020
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Crise na Saúde do Rio escancara briga de Witzel e clã Bolsonaro

A Polícia Federal, com equipes de Brasília, fez uma operação no dia 26, no Palácio das Laranjeiras, residência oficial do governador Wilson Witzel, e no Palácio Guanabara, sede do governo do estado. Agentes também estiveram no Grajaú, onde morava o governador antes de assumir o mandato. Houve diligências também no apartamento do ex-subsecretário de Saúde, Gabriell Neves, preso em uma operação em 7 de maio; no escritório de advocacia da mulher do governador, a primeira-dama Helena Witzel; na casa do ex-secretário de saúde, Edmar Santos; na sede da Secretaria Saúde do Estado e no Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas),

A finalidade é a apuração dos indícios de desvios de recursos públicos destinados ao atendimento do estado de emergência em razão da pandemia do novo coronavírus no Rio de Janeiro. Doze mandados de busca e apreensão foram cumpridos por 15 equipes, sendo dez na capital fluminense e dois na cidade de São Paulo.

Os mandados foram expedidos pelo ministro Benedito Gonçalves do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Witzel acompanhou as buscas o tempo todo no Palácio das Laranjeiras e, em nota, negou qualquer participação em esquema de desvios.

ENTENDA O CASO

Investigações iniciadas no Rio pela Polícia Civil, pelo Ministério Público Estadual e pelo Ministério Público Federal apontam para a existência de um esquema de corrupção envolvendo uma organização social contratada para a instalação de hospitais de campanha e servidores da cúpula da gestão do sistema de saúde do estado.
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Logo depois da exposição do caso, em discurso para imprensa, Wilson Witzel atacou o presidente Jair Bolsonaro e seu filho, o senador Flavio Bolsonaro, a quem desafiou que abra os sigilos bancários e telefônicos e que deveria estar preso por suspeitas de "rachadinha" e enriquecimento ilícito.

O senador Flavio Bolsonaro contra-atacou e ameaçou o governador. “Você traiu todo mundo, Wilson. Pelo que eu estou vendo e eu estou ouvindo, isso não é nada perto do tsunami que está vindo. Pelo que falam, tem umas seis secretarias que estão prejudicadas. Eu não coaduno com pessoas como você”, afirmou o senador.

Este caso intensificou a troca de acusações entre o governador Wilson Witzel e o clã Bolsonaro, deixando os indícios de desvios de verba pública na construção de hospitais de campanha em segundo plano. No epicentro das suspeitas, a briga desses políticos com fama de brigões ganharam o holofote. É aguardar as cenas dos próximos capítulos.

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