Custo da violência no Brasil chega a 285 bilhões de reais
Valor equivale a 4,38% do Produto Interno Bruto
O problema da criminalidade no Brasil vai muito além da questão segurança pública. A violência vivida nas cidades do país também influencia diretamente a economia dos estados com aumento nos gastos médicos, judiciais, com segurança e encarceramento.
Segundo dados da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos (SAE-PR), a violência no país chega custar R$285 bilhões divididos por, em ordem de relevância, segurança pública (1,35% do PIB); segurança privada (0,94% do PIB); seguros e perdas materiais (0,8% do PIB); custos judiciais (0,58% do PIB); perda de capacidade produtiva (0,40% do PIB); encarceramento (0,26% do PIB); e custos dos serviços médicos e terapêuticos (0,05% do PIB), alcançando um total de 4,38% da renda nacional.
Apesar do significativo aumento real com gastos em segurança pública, a pesquisa mostra, ainda, uma elevação nos índices de homicídio, de 35 mil para 54 mil, o que provoca uma perda de 450 bilhões de reais na capacidade produtiva do Brasil. Ou seja, para cada jovem, entre 13 a 25 anos, a diminuição é de R$550mil.
– Não podemos pensar apenas em reforçar a segurança e punir, prender o malfeitor, o ideal é ter ações para evitar que esse criminoso exista. Precisamos usar os recursos com mais responsabilidade. É mais barato e mais eficaz evitar que as pessoas ingressem no mundo da criminalidade do que punir – explicou o delegado Antônio Furtado.
O estado do Rio de Janeiro foi apontado pela SAE-PR como o estado mais violento da região sudeste, com uma taxa de quase 30 homicídios para cada 100 mil habitantes. De acordo com o delegado Antônio Furtado, casos é preciso trabalhar na prevenção e no combate à violência para ter uma mudança significativa na questão da violência em nossa região.
– A segurança pública tem que ser feita com emprego e escola pública de qualidade. A vacina contra a violência é a educação. Quando o jovem não trabalha e não estuda, acaba se envolvendo com as drogas e, por consequência, migram para o tráfico. Temos que combater essa porta de entrada para a criminalidade – destacou.
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