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28 fevereiro, 2019
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Deputado Furtado discute o impacto da reforma da Previdência nos servidores policiais

Assunto foi tratado em reunião entre parlamentares e comissão da União de Policiais do Brasil



Para tratar sobre o assunto do impacto da reforma da Previdência nos servidores policiais, o deputado federal Delegado Antonio Furtado, juntamente com outros parlamentares, conversou, ontem (27/02), com os representantes da União de Policiais do Brasil (UPB), grupo formado por policiais civis, federais e rodoviários federais.



– Percebemos nessa reunião uma preocupação dos policiais, que apresentam um inconformismo, com regras previdenciárias que não estariam sendo justas, na visão deles. O principal problema seria com relação aos servidores mais antigos, que já estariam próximo de se aposentar e, com as novas regras, teriam que passar de um a dois anos para até 10 anos a mais de serviço. Entendi que a solicitação deles é para que exista uma regra de transição para se aposentarem mais cedo. Acredito que esses casos devam ser analisados pelo risco da profissão, além do desgaste físico e psicológico. Fatores que devem ser levados em consideração na reforma da Previdência – contou o parlamentar.



            Ainda, de acordo com o deputado federal Delegado Antonio Furtado, além da regra de transição, falta a inclusão dos Guardas Municipais, Oficiais de Justiça e demais servidores, que exerçam atividades perigosas, em um regime previdenciário especial.



– Sou policial há mais de dez anos e conheço o enfrentamento constante do dia a dia. Entendo que, na proposta da reforma, precisa ser analisada a possibilidade de, não apenas, os policiais serem atendidos, mas da inclusão dos guardas municipais que também exercem atividade perigosa no seu trabalho diário e não foram lembrados como uma categoria especial – defendeu o deputado federal Delegado Antonio Furtado.



Estimativa do Tesouro Nacional mostra o agravamento das contas do sistema de aposentadorias no Brasil. Com as regras atuais, a Previdência deve ter um rombo de R$ 309,4 bilhões neste ano, um aumento de R$20,6 bilhões em comparação ao do ano passado. Esse valor é o que faltará para pagar aposentadorias e pensões depois de descontado todo o dinheiro que o governo arrecada com as contribuições de patrões e empregados.



– A reforma acaba sendo inadiável devido ao rombo previdenciário no Brasil. O governo gasta cerca de 60% da sua receita com esses pagamentos. Caso não haja algum tipo de reforma, o Brasil vai quebrar. O grande risco é de que as pessoas no futuro não possam mais receber seu beneficio como aconteceu na Grécia. Existe a necessidade de fazer uma reforma, mas precisa ser analisada e permitir as pessoas um planejamento mínimo. Sacrifícios vão ter que ser feito, mas que seja de uma forma igualitária, levando em consideração a atividade que cada um exerce. A nossa expectativa é aperfeiçoar a reforma e garantir uma reforma justa – explicou o deputado federal Delegado Antonio Furtado.

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