15 julho, 2016
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Descarte incorreto de lixo preocupa Saae de Barra Mansa

Em um mês 12 coletores se feriram durante o trabalho no município

A prefeitura de Barra Mansa, por meio da Coordenadoria de Resíduos Sólidos do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto), pede a colaboração da população para o descarte correto do lixo doméstico, dos responsáveis por hospitais e clínicas médicas do município quanto ao lixo hospitalar e também dos proprietários de estúdios de tatuagem, que jogam fora materiais que podem causar ferimentos e doenças. De acordo com a coordenadoria, os coletores estão com dificuldades para realizar o trabalho e têm se deparado, diariamente, com situações que os colocam em perigo. Só no último mês, 12 funcionários da empresa responsável pela coleta de lixo em Barra Mansa precisaram de atendimento médico e foram afastados de suas atividades após se ferirem durante o trabalho.

“A empresa nos informou o que os funcionários estão encontrando durante a coleta e a situação muito nos preocupa. Materiais que podem ferir o coletor não devem ser descartados de qualquer forma. Isso é uma questão de cidadania e a população precisa colaborar. O número de profissionais feridos é alarmante e, por isso, pedimos atenção. Acidentes com materiais perfurocortantes são graves e não queremos mais nenhum coletor ferido”, apelou Tiago Fonseca Araújo, coordenador de Resíduos Sólidos do Saae.

Tiago explicou que, em caso de necessidade de descarte de materiais como vidro ou qualquer outro que ofereça risco, é fundamental que seja sinalizado ao coletor. “Primeiro esse materiais precisam ser colocados em uma caixa ou bem embrulhados em jornal. Se possível, colocar no saco de lixo alguma marcação que possa ser vista pelo coletor. Assim ele terá cuidado ao pegar aquele saco e evitará um acidente”, orientou Tiago.

Ainda mais perigoso é o descarte de material infectocontagioso, que além de ferir o trabalhador ainda pode lhe causar doenças. “Tivemos um coletor que contraiu hepatite. Seringas, materiais utilizados em procedimentos médicos, agulhas e tudo que é considerado lixo hospitalar precisam de um cuidado redobrado devido ao risco que podem causar não só as pessoas como ao meio ambiente. O descarte precisa respeitar as regras da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)", enfatizou o coordenador.

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