Image
22 janeiro, 2018
Comentários

Dois micos foram encontrados mortos em Barra Mansa

Suspeita principal é que tenham sido mortos por moradores que os associam com a febre amarela; animais serão encaminhados para Instituto Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman no Rio de Janeiro


A Vigilância em Saúde Ambiental de Barra Mansa recolheu nesse fim de semana dois micos mortos. O primeiro foi achado na última sexta-feira, dia 19, no bairro São Luiz. O segundo foi identificado neste domingo, dia 21, no bairro Ano Bom. Os dois animais foram levados para a Coordenadoria de Vigilância em Saúde Ambiental, no bairro Boa Sorte, onde foram congelados e acondicionados em caixas térmicas para serem transferidos nesta terça-feira, dia 23, para o Instituto Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman, no Rio de Janeiro, para serem examinados. O resultado, que indicará a causa da morte, deve ficar pronto de 15 a 30 dias.

Segundo o coordenador de Vigilância em Saúde Ambiental e médico veterinário, Maurício Iencarelli, a equipe foi acionada na manhã de sexta-feira, dia 19, por um telefonema de um morador do bairro São Luiz para retirar o mico encontrado morto no quintal de sua residência. “De acordo com o morador, o mico havia sido visto cambaleando há dois dias, e que naquela manhã, ele o encontrou morto dentro de um armário quebrado em seu quintal”, explicou. O animal estava em estágio avançado de decomposição (putrefação), e não foi possível detectar a causa mortis.

No domingo, dia 21, a equipe foi novamente chamada para recolher um mico morto, dessa vez numa casa na localidade conhecida como Retorno – na altura da Vila Delgado -, no bairro Ano Bom. Segundo a médica veterinária da Vigilância em Saúde Ambiental, Millena Borges, o animal estava em início de decomposição e apresentava um ferimento na região abdominal similar a uma perfuração de arma de pressão (carabina).

A suspeita é que tenham sido envenenados e mortos por moradores que associam a febre amarela ao primata. O médico veterinário Maurício Iencarelli, destaca que os macacos não transmitem a febre amarela. “É importante reforçar a todos os moradores que os macacos servem de alerta de um indicador da doença. Quem transmite a febre amarela é o mosquito, eles são vítimas assim como os humanos. Eles são suscetíveis ao vírus e a infecção confirmada ajuda elaborar a prevenção da doença nas pessoas”, explicou o coordenador de Vigilância em Saúde Ambiental.

Crime Ambiental

A Lei nº 9605/98 no artigo 32 diz que praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos pode gerar de três meses a um ano de detenção, e multa.

Denúncias

Ao encontrar macacos mortos ou doentes (que apresenta comportamento anormal, que está afastado do grupo, com movimentos lentos etc.), o morador deve informar o mais rápido possível à Coordenadoria de Vigilância em Saúde Ambiental situada à Rua Getúlio Borges Rodrigues, 210, no bairro Boa Sorte ou pelo telefone (24) 3326-2588.

Comentários