04 julho, 2017
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Fechamento de empresas no Vale do Paraíba evidencia necessidade de educação financeira

Nos últimos cinco anos, aumentou em 90,78% o surgimento de novos negócios na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e em 212,67% a taxa de mortalidade das empresas, de acordo com o portal Empresômetro das Micros e Pequenas Empresas, do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação.

“Muitas empresas são abertas por conta do desemprego ou para realizar um sonho profissional. Contudo, a alta taxa de mortalidade nos primeiros anos de vida se justifica pela falta de planejamento prévio. As empresas enfrentam falta de capital de giro, problemas financeiros, maus pagadores e difícil acesso ao crédito bancário”, acredita Sílvio Bianchi, Educador Financeiro Diretor da Unidade DSOP São José dos Campos.

Visando o sucesso do negócio, é imprescindível que o empreendedor esteja disposto a adquirir conhecimentos e habilidades, especialmente a educação financeira. Assim tem expertise para garantir a saúde financeira da corporação e sua capacidade de ser sustentável ao longo do tempo.

“Geralmente, o empreendedor domina o processo técnico do negócio, mas carece de conhecimentos sobre os outros aspectos da gestão. A mistura das contas pessoais com as da empresa e os erros no cálculo de custos e preços de venda, por exemplo, pioram a situação. Novos comportamentos são necessários, e o Curso DSOP de Educação Financeira para Empreendedores pode ser uma saída”, indica Bianchi.

Diagnosticar, sonhar, orçar e poupar – os quatro pilares da Metodologia DSOP – direcionam o empreendedor rumo à sustentabilidade financeira do seu negócio. Ao diagnosticar, ele pesquisará o campo de oportunidades que pretende explorar e também buscará as informações fundamentais no dia a dia do negócio. Assim, saberá onde quer chegar e como está avançando.

O segundo pilar, sonhar, direciona o empreendedor para ter muito claro qual é o seu desejo, para não ficar perdido em meio à infinidade de oportunidades que existem hoje no mercado. Afinal, é a partir de um sonho que tudo começa, mas é necessário estudá-lo em todos os detalhes. Em seguida, passe-se a orçar, estabelecer o plano de negócio conhecendo o custo do projeto.

“Por último, mas não menos importante, está o pilar poupar. Ao iniciar a empresa, é importante criar uma reserva para o investimento inicial, evitando pagar juros ao contratar um empréstimo. Já com a empresa em funcionamento, é importante controlar as despesas, eliminar o desperdiço e utilizar os valores economizados para criar reservas para imprevistos e investimentos”, orienta Bianchi.



Dados regionalizados

Na Região Metropolitana do Vale do Paraíba o número de microempresas ativas em 2010 era 98.663, em 2015 chegou a 200.435, com variação de 90,78%. Já a mortalidade em 2010 foi de 2.770 e em 2015, 8.661. a variação foi de 212,67%.

Em São José, o número de microempresas ativas em 2010 era 27.512, em 2015 chegou a 52.750, com variação de 91,73%. Já a mortalidade em 2010 foi de 736 e em 2015, 2.478. a variação foi de 236,68%.

Em Taubaté, o número de microempresas ativas em 2010 era 10.815, em 2015 chegou a 21.981, com variação de 103,25%. Já a mortalidade em 2010 foi de 365 e em 2015, 1.106. a variação foi de 203,01%.

Já em Jacareí, o número de microempresas ativas em 2010 era 8.061, em 2015 chegou a 14.376, com variação de 78,34%. Já a mortalidade em 2010 foi de 176 e em 2015, 716. a variação foi de 306,82%.

As informações são do portal Empresômetro das Micros e Pequenas Empresas, do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação.



Sobre Sílvio Bianchi

Educador Financeiro DSOP, Diretor da Unidade DSOP São José dos Campos, Pós-graduado em Educação Financeira, Master Coach e Coach Financeiro. Ministra cursos de educação financeira, palestras e capacita aos professores das escolas que adotam o Programa DSOP de Educação Financeira na Escola.

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