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13 dezembro, 2017
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Futuro ministro da Secretaria de Governo está confiante para aprovação da reforma da Previdência

Próximo de tomar posse como ministro da Secretaria de Governo, o deputado Federal Carlos Marun (PMDB-MS), prevê uma vitória do governo na votação da reforma da Previdência e afirma que os votos necessários para aprovação do texto estarão garantidos até o dia 18 de dezembro.

Para o parlamentar, além do empenho que os defensores da reforma devem ter no Congresso Nacional, setores da sociedade também precisam trabalhar firme para essa discussão não ser mais adiada. “Que exista uma atuação daqueles setores lúcidos da sociedade brasileira que sabem que a reforma da Previdência é necessária e que não é mais o momento de empurrar essa questão com a barriga”, afirmou.

Ainda segundo Marun, os argumentos usados contra a reforma são apresentados por pessoas que têm medo de perder privilégios.

“Eu vejo um segmento da sociedade que ainda teme perder algum privilégio nesse momento se posicionando contra, mas com força. São segmentos organizados, que se manifestam de forma organizada em momentos contundentes”, disse o então vice-líder do governo na Câmara.

Para tentar conquistar o apoio dos parlamentares, o governo elaborou um novo texto que deixou de fora itens como aposentadoria rural e o Benefício da Prestação Continuada. No entanto, o coordenador de Previdência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Rogério Nagamine, destaca outros pontos mantidos na matéria que são essenciais para a manutenção do sistema previdenciário no país.

“Existem alguns pontos fundamentais que precisam ser preservados. A questão da idade mínima e de combater privilégios pela convergência dos regimes de Previdência dos servidores públicos para as mesmas regras e mesmo teto de benefícios do INSS”, ressaltou Nagamine.

Déficit

Em proporção nacional, a realidade do rombo previdenciário se estende ao Regime Geral da Previdência Social (RGPS). No ano passado, o prejuízo no sistema alcançou o recorde de R$ 149,73 bilhões. O valor é 74,5% maior que o registrado em 2015, quando o rombo somou R$ 85,81 bilhões, o que corresponde a 1,5% do PIB.

De acordo com o Tesouro Nacional, as despesas com Previdência equivalem a 55% dos gastos do governo. Para este ano, a expectativa é que o déficit do RGPS alcance R$ 181,6 bilhões.

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