30 junho, 2017
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Governo do Estado cadastra mais de trezentos artesãos em Cabo Frio

A ação durou três dias, atendendo profissionais do município e região

A Secretaria de Estado de Turismo/TurisRio, através do Programa de Artesanato Estadual, bateu o recorde de cadastramento de artesãos em um município do interior do Estado. Durante três dias foram inscritos 316 artífices, sendo 260 de Cabo Frio e o restante de São Pedro da Aldeia, Saquarema, Iguaba, Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Casimiro de Abreu, Araruama e Silva Jardim.

O objetivo do Programa, que está percorrendo os 92 municípios fluminenses, é mapear, identificar e reconhecer a atividade em todo o Estado. Na abertura do cadastro, a subsecretária adjunta de Turismo e coordenadora do Programa, Nea Mariozz, apresentou aos profissionais do setor os benefícios da ação.

- Não tínhamos dúvidas da riqueza e beleza do artesanato que encontraríamos em Cabo Frio. Foram dias de muito trabalho, mas muito gratificantes em poder atender essa classe que tanto tem para contribuir para o crescimento econômico. Estamos avançando com o Programa e continuaremos até atender a todo o Estado.

Para o secretário de estado de Turismo, Nilo Sergio Felix, a atividade artesanal auxilia no fortalecimento da atividade turística.

- O nosso objetivo é trabalhar para que o artesão se desenvolva e realize um trabalho de qualidade para assim, transmitir a beleza daquele destino. Já cadastramos mais de 8.500 profissionais e estamos alternando esse processo com a entrega das carteiras. Nossa meta é atender 15 mil artesãos nos 92 municípios.

De acordo com o IBGE, atualmente, mais de 8,5 milhões de brasileiros têm o artesanato como renda familiar, representando a atividade econômica em 78,6% dos municípios do país. Tendo em vista esse cenário, o secretário de cultura, Ricardo Machado, destacou que este foi o primeiro passo, em parceria com o Governo do Estado, em prol da atividade em Cabo Frio.

A artesã Sueli Daise Alves, de 64 anos, faz artesanato desde 2000, quando sofreu um AVC. A atividade a ajudou em sua recuperação e hoje, a artífice auxilia outras pessoas a melhorarem de vida.

- O artesanato é tudo para mim. Descobri como um dom, após ficar doente. Estava andando na rua e ao olhar uma folha no chão, vi que ela poderia se transformar. Fui testando e aprendendo sozinha a como manusear aquele material. Hoje trabalho com diversas técnicas e matérias-primas e busco passar meu conhecimento para as pessoas. Atualmente, recebo retalhos das confecções do município e junto a mais 21 mulheres realizamos um trabalho de reaproveitamento desse material – contou a artesã.

Sueli acrescentou ainda que, nessa equipe que ela organizou, duas mulheres estão tratando de um câncer e fizeram da atividade artesanal uma motivação para viver.

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