25 julho, 2018
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Inventores muçulmanos serão tema da Bienal do Livro de São Paulo

As grandes invenções dos muçulmanos, que beneficiam a humanidade até hoje, serão celebradas pela Federação das Associações Muçulmanas do Brasil – FAMBRAS durante a 25ª edição da Bienal Internacional do Livro de São Paulo, evento que acontecerá na capital paulista entre os dias 3 e 12 de agosto, no Palácio de Convenções do Anhembi.

No estande da FAMBRAS, os visitantes saberão mais sobre grandes mulheres e homens que contribuíram com ciências como a Astronomia, Aviação, Engenharia, Medicina, Navegação, Filosofia, Arquitetura e Matemática. “Mostraremos que, no século 10º, uma invenção árabe possibilitou a criação do que atualmente conhecemos como GPS: o astrolábio, até hoje utilizado nas navegações por ser o método menos falível. Ele foi inventado por uma mulher muçulmana”, ilustra o vice-presidente da Federação, Ali Hussein El Zoghbi. “Ibn Firnas, no século 9º, foi o primeiro homem a tentar voar – ele criou um planador que imitava as asas dos pássaros. A partir de seus estudos, foi criado, adiante, o avião. Esse é outro exemplo de um invento disponível em nosso estande”, ilustra Zoghbi.

Eles poderão, ainda, elucidar suas dúvidas sobre o Islam e levar para casa materiais esclarecedores, como livros e panfletos de apoio. “Aproveitaremos a oportunidade para mostrar, sem proselitismo, o que nossa religião prega, como a paz e a caridade”, completa o vice-presidente. “Por meio da informação, nossa intenção é desmistificar a religião islâmica e combater preconceitos e estereótipos”.
Conheça um pouco dos inventores muçulmanos:

IBN Firnas
Foi o homem responsável pelo primeiro voo controlado da humanidade, no século 9º, muito antes de Santos Dumont e dos irmãos Wright, num protótipo muito semelhante a uma asa-delta. Hoje, o aeroporto de Bagdá e uma ponte em Córdoba são nomeados em sua homenagem, pois foi considerado o primeiro homem a voar.

IBN Al-Haytham (965 d.C)
Esse iraquiano escreveu um livro de Óptica e se aventurou pelos campos de Astronomia, Matemática e Filosofia Religiosa. Foi o primeiro a utilizar a câmara escura, conceito que, além de ajudar no desenvolvimento da fotografia, refutava teorias de outros grandes pensadores, como Euclides e Ptolomeu, de que a luz era produzida dentro do olho humano e não refletida pelos objetos.

IBN Sina ou Avicena (980 d.C)
Grande cientista, Ibn Sina (ou Avicena) tem, dentre suas obras, o O Cânone da Medicina e O Livro da Cura. No século 10º, aventurou-se também pelos campos da Filosofia, Astronomia, Alquimia, Geografia, Psicologia, Teologia Islâmica, Lógica, Matemática, Física, e até da Poesia! Além disso, também identificou e descobriu o tratamento para doenças como a meningite. Foi autoridade máxima em assuntos médicos na Europa durante quase seis séculos e, por isso, era chamado de “príncipe dos médicos”. Alguns aparelhos cirúrgicos comuns, como sondas, tesouras, pinças e bisturis foram criados por outro médico muçulmano importantíssimo, o Al-Zaharawi, e Ibn Sina os aperfeiçoou para os tornar próximos ao que são utilizados hoje.

Mariam Al-Ljliya
Uma das mais importantes mulheres do Islam e do mundo árabe, essa cientista, matemática e astrônoma síria criou o astrolábio, equipamento amplamente utilizado na navegação e na astronomia para medir a altura dos astros acima do horizonte, a altura de uma torre ou a profundidade de um poço, especificar o tempo do crepúsculo ou nascer e pôr do sol. O astrolábio construiu as bases para a descoberta do GPS. Ele desenvolveu as ciências espaciais e, assim, permitiu que o homem chegasse à lua. O pai de Mariam, Kushiar Al Astrulabi, também foi um renomado astrônomo.


Zheng He (1371 d.C)
Esse muçulmano chinês é um dos maiores responsáveis por levar o Islam pelo país. Foi um importante almirante, que comandou a marinha chinesa durante a dinastia Ming, no século XV, e desbravou os sete mares antes mesmo de Colombo. Não é atribuída a ele, uma invenção específica, mas, diversas proezas na história da navegação, além da propagação ativa da religião e da construção de vilarejos muçulmanos e mesquitas.

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