Lucro do Santander Brasil cresce 10,3% em 12 meses e alcança R$ 1,9 bilhão no trimestre
O Santander Brasil registrou lucro líquido de R$ 1,884 bilhão no terceiro trimestre de 2016. O resultado equivale a um avanço trimestral de 4,3%, e de 10,3% em 12 meses. Os dados são reportados segundo o padrão contábil brasileiro, o BRGAAP.
“Com os fundamentos comerciais, de risco e de custos bem equilibrados, este terceiro trimestre comprova o crescimento consistente dos nossos resultados. Construímos a base de um grande resultado para 2016. Somos uma organização com foco comercial permeado por clientes mais satisfeitos e uma boa visão de riscos e custos”, afirma Sérgio Rial, presidente do Santander Brasil.
Margem financeira acelera, com maiores ganhos em captação e mercado
A Margem Financeira Bruta avança 5,9% em três meses e 8,3% em um ano, atingindo R$ 8,267 bilhões no 3º trimestre de 2016. O crescimento, impulsionado por maiores ganhos em captações e operações com o mercado, contribui para o incremento de 5,1% das Receitas Totais na comparação trimestral. Esta linha também é influenciada pela alta das Comissões, que chegou a 17,8% em 12 meses, ou 3,3% entre os dois últimos trimestres. A consistência do crescimento das receitas de comissões é resultado, como já mencionamos em trimestres anteriores, da expansão e vinculação da base de clientes, o que aumenta o volume de transações com o Banco.
A Carteira de Crédito Ampliada cai 6,3% na comparação anual, mas registra ligeira alta em três meses, de 0,8%, um sinal de resiliência diante do ambiente macroeconômico ainda de fraca demanda.
A carteira de crédito para Pessoa Física é mais uma vez o destaque, com aumento de 1,9% ante os três meses anteriores e 6,8% na comparação anual. O principal impulso vem de Consignado, que cresce 6,1% em três meses, e 27,2% em bases anuais; Imobiliário (0,4% em três e 7,6% em 12 meses), e Cartão de Crédito (7,7% em 12 meses e 1,7% em três meses). O Crédito Rural, somadas as carteiras de pessoa física e jurídica, sobe 41%, para um montante de R$ 8,5 bilhões.
Financiamento ao Consumo mostra um recuo de 0,6% em 12 meses e crescimento de 6,0% no trimestre. Em ambos os períodos, a variação é impactada pelo início das atividades da joint venture com a PSA. Mesmo desconsiderando esse efeito, o Banco apresentou performance superior ao mercado no financiamento de veículos e consolidou sua liderança no setor.
A tendência de maior estabilidade da demanda por crédito também é evidente nas carteiras de Pessoa Jurídica. Entre as Pequenas e Médias Empresas, em três meses a queda é de 0,6%, ao passo que entre as Grandes Empresas o recuo é de apenas 0,3%. Em 12 meses, o volume de financiamentos cai 10% para as PMEs e 15,1% para empresas de grande porte.
As Captações de Clientes no Balanço atingiram R$ 291,726 bilhões no terceiro trimestre, crescimento de 1,4% em 12 meses e de 1,3% em relação aos três meses anteriores. Com a inclusão dos recursos investidos em Fundos, que evoluíram 28,4% em bases anuais e 6,2% no trimestre, somando R$ 240,304 bilhões, a Captação Total registra alta de 3,6% em 12 meses e 2,0% na comparação com o 2º trimestre deste ano.
Qualidade de crédito segue controlada pela sólida cultura de riscos
A rigorosa cultura de riscos do Banco reafirma, no terceiro trimestre de 2016, o seu papel na manutenção dos índices de inadimplência em níveis controlados, minimizando a influência do cenário econômico. O nível de atrasos acima de 90 dias sobe de 3,2% para 3,5%, sob efeito de um avanço pontual no índice de pessoa jurídica, que registrou 2,8%. A inadimplência entre os clientes pessoa física caiu 10 pontos-base, de 4,4% para 4,3% entre o segundo e o terceiro trimestres. Essa redução deve-se ao acompanhamento e à gestão preventiva da carteira de clientes, em conjunto com uma política de diversificação do mix de crédito, com foco nas linhas de menor risco, como o consignado.
As despesas de provisões de crédito sobem 12,8% no trimestre, e levam o crescimento na comparação anual para 15,9%, uma evolução compatível com o cenário econômico e que mantém confortável o Índice de Cobertura, que chegou ao fim do terceiro trimestre em 198,1%.
Gastos anuais seguem em ritmo inferior ao da inflação
O controle de custos obedece à cultura lean mindset, o que acrescenta inteligência à gestão de gastos. Isso é comprovado pela evolução de despesas, mais uma vez em ritmo inferior ao da inflação anual. O resultado é um avanço limitado, de 5,8% em 12 meses e 2,5% durante o trimestre.
Como consequência do crescimento das receitas e da qualidade do acompanhamento das despesas, o destaque entre os indicadores de gestão é a Eficiência, que evolui de 48,5% para 46,2% no trimestre. Isso equivale a dizer que cada R$ 100 em receitas geradas pelo Banco correspondem a um gasto de R$ 46,20 na operação. O índice de Recorrência (comissões sobre despesas gerais) sobe de 75,2% para 75,8%, a rentabilidade calculada sobre o ativo médio (ROAA) segue em 1,1% e o retorno para os acionistas (ROAE) vai a 13,1%. Os indicadores de solidez do balanço se mantêm praticamente constantes, com o Índice de Basileia em 17,6%, nível de capital Tier 1 em 16,4% e relação entre crédito e captações em 84,8%.
Santander no Mundo – O lucro líquido do Grupo Santander atingiu 1,695 bilhão de euros no terceiro trimestre de 2016. O Brasil ocupa a primeira posição dentro do Grupo, acumulando, nos nove primeiros meses de 2016, uma fatia de 20% de participação nos resultados mundiais.
Comentários