06 janeiro, 2016
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Metalsul avalia 2015 e aponta 2016 como um ano de desafios

A presidente do Metalsul (Sindicato das Indústrias Metalmecânicas do Sul Fluminense), Adriana Silva, fez nesta quarta-feira, dia 06, um balanço de 2015 e destacou as perspectivas para 2016. Segundo ela, a indústria do Sul Fluminense buscou alternativas para enfrentar o cenário de crise. Apesar dos desafios deste ano, Adriana afirmou que o Brasil tem condições de sair da crise maior do que entrou e defendeu que a indústria deve estar no centro da estratégia nacional para a retomada da economia.

“Gostaria de ter uma perspectiva animadora para 2016, mas o cenário aponta para o contrário. Pelas últimas sondagens econômicas divulgadas pelo IBGE, a produção industrial de 2015 deve ter o pior resultado dos últimos anos, com recuo de mais de 8%. A evolução da economia está muito condicionada à evolução da política. Por isso, torna-se cada vez mais necessário resolver os entraves políticos, que corroem a economia brasileira, com o estabelecimento de uma agenda positiva para alavancar os pilares de sustentação da confiança e da retomada do crescimento”, argumentou Adriana.

Além da taxa recorde, a combinação da ociosidade do parque fabril e o menor nível histórico na confiança dos empresários desencadearam um processo intenso de demissões. Dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, apontam déficit de 3.197 empregos na indústria da transformação, de janeiro a novembro de 2015, nos 17 municípios que fazem parte da base do Metalsul.

“Esse número tende a aumentar em 2016, uma vez que a análise da conjuntura revela que não há um vetor de crescimento que possa puxar a recuperação da economia no curto prazo. O Brasil paga o custo de não fazer”, afirmou Adriana sobre pautas que não são discutidas e votadas no Congresso Nacional, como o ajuste fiscal e as reformas estruturais da economia.

A presidente do Metalsul destacou ainda os esforços empreendidos pelo setor industrial para superação da crise econômica: “Não há economia forte sem indústria forte: a transformação e a manufatura são os esteios de qualquer progresso econômico. E, sabemos, o peso da indústria brasileira na economia só tem feito recuar. Nesse sentido, é preciso que a política econômica equilibre melhor os auxílios e subsídios distribuídos. Ainda esperamos por uma política que traga competitividade a todos os segmentos industriais de forma mais equânime. Por tudo isso, 2016 acena desde já como mais um ano de enfrentamento. O Brasil precisa de um empresariado forte, e nós do Metalsul nos empenharemos para resolver os problemas que se colocarem”, finalizou.

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