OAB/BM promove palestra sobre a prática da discriminação racial, seus preconceitos e crimes
A Ordem dos Advogados de Barra Mana, através da Comissão de Igualdade Religiosa, Racial e de Gênero, realizou na noite desta terça-feira, dia 22, uma palestra sobre a prática da discriminação racial, seus preconceitos e crimes. Os palestrantes do evento foram a Dra Maria Joaquina, a Professora Quininha e o Promotor de Justiça titular da Comarca de Rio Claro, Dr. Francisco Cardoso. Também compuseram a mesa o presidente da OAB/BM, Noé Garcêz, a presidente da Comissão de Igualdade Religiosa, Racial e de Gênero, Jacqueline Reis, a vice-prefeita eleita em Barra Mansa, Professora Fátima, o juiz de direito Roberto Henrique e a presidente da Comissão de Direitos da Criança e Adolescente, Maria Cristina Silva.
Segundo Jacqueline Reis, a intenção da palestra foi de conscientizar a sociedade. “A discriminação embora seja negada por muitos é uma triste realidade e cada vez mais corriqueira. O racismo não escolhe classe social, atinge a todo de maneira desumana e cruel. O racismo só vai terminar a partir do respeito mútuo”, ponderou.
O palestrante Francisco Cardoso também acredita que o tema é de grande importância. “O estudo do tema é altamente relevante porque as pessoas precisam entender da necessidade de se viver numa sociedade justa e igual, sem distinção de qualquer natureza. O papel dos advogados e dos demais operadores de direito na construção dessa sociedade que ansiamos é fundamental”.
A Professora Quininha, que é doutora em Teologia com especialidade em Antropologia e Ética, falou da pretensão de se assumir que o Brasil é um país racista. “O Brasil é um país racista, porém aqui o preconceito é velado, pois as relações sociais são alegres. O brasileiro sabe lidar com o diferente”, revelou.
A vice-prefeita eleita de Barra Mansa, a Professora Fátima, falou que é através da educação e das crianças que o racismo pode acabar. “Nós não temos culpa pela existência do racismo, mas temos a responsabilidade de fazermos algo para mudar essa cultura de preconceito. Através da educação e de investimentos nas crianças é que podemos fazer essa mudança”.
O presidente Noé Garcêz frisou sobre a importância do debate sobre o assunto. “Entendo que a conscientização não está restrita somente aos negros. Deve ser acima de tudo humana e eventos como o de hoje visam proporcionar conhecimento e debater um tema que infelizmente aflige os negros do nosso país”.
CONSELHEIROS TUTELARES SÃO HOMENAGEADOS
Ainda na noite de ontem, a OAB homenageou os antigos e atuais conselheiros tutelares do município. A presidente da Comissão de Direitos da Criança e Adolescente, Maria Cristina Silva, lembrou que o dia do Conselheiro Tutelar foi comemorado no último dia 18 e que a classe precisa de mais reconhecimento. “Os conselheiros tutelares não tem reconhecimento do poder público, mas nós vamos seguir lutando para isso mudar e também para garantir o respeito das crianças e dos adolescentes”, concluiu.
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