PMDB quer dar fim à polarização PSDB / PT com candidatura própria para presidente da República em 2018
Apesar de ainda faltar muito tempo para a eleição presidencial de 2018 e o assunto da vez ser a eleição municipal de outubro, que agita os bastidores políticos de todas as cidades da região, um assunto recentemente agitou o cenário nacional. O PMDB, que claramente já deu vários sinais de que está rompendo com o PT, garantiu que terá candidatura própria para presidente da república em 2018, buscando dar fim à polarização entre PSDB e PT, que ao final deste último mandato de Dilma Rousseff, completarão juntos 24 anos no poder.
O vice-presidente da República Michel Temer, presidente nacional do PMDB, afirmou que o partido terá um candidato próprio para presidente em 2018. "Eu asseguro: em 2018 nós vamos ter um candidato à presidência da República", garantiu. Esta declaração só reforça o abalo na relação com a presidente Dilma, que desde a carta enviada por Temer (a Dilma), em dezembro, afirmando que ela não confiava nele, a relação dos dois azedou de vez. Como foi noticiado na época, a partir do episódio a relação entre ambos seria “institucional”.
Os últimos presidentes depois do Regime Militar (1964/1985) que não fizeram parte desta polarização PSDB / PT, foram Fernando Collor de Melo (1990/1992) e seu sucessor Itamar Franco (1992/1994), que faziam parte do PRN. Após o impeachment de Collor, Itamar se transferiu para o PMDB para cumprir seu mandato.
O PMDB é um partido que está em constante crescimento e hoje pode ser considerado o partido mais atuante e “poderoso” do Brasil. Atuando de uma forma meio governista e meio oposicionista, a sigla hoje tem as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com Eduardo Cunha (RJ) e Renan Calheiros (AL) e a vice-presidência do país, com Michel Temer (SP), além de seis ministérios. A sigla também tem o maior número de governadores, senadores, prefeitos, vereadores e é o segundo com mais deputados federais. No estado do Rio, além de ser o partido com mais deputados estaduais, a sigla também conta com o presidente e o vice da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), Jorge Picciani e Edson Albertassi, respectivamente.
Com tanto poder e com umas “pitadas” de ambição, o PMDB aparece como um forte partido para acabar com essa polarização. Prova disso é a forma como o vice-presidente Michel Temer vem conduzindo a sigla, que também está em busca da “unidade nacional”. “Nós estamos levando em conta este valor supremo que nós todos temos que ter, que é o valor ‘país’. E nisso nós estamos chamando a todos, inclusive conversando muitas vezes com setores da oposição. É evidente que todos têm que colaborar para isso”, enfatizou o vice-presidente. Outro fator que vai facilitar o acordo para o PMDB ter um candidato a presidente em 2018 é que Michel Temer deverá ser reeleito presidente nacional do partido no próximo mês, durante a convenção nacional da sigla, em Brasília. O grupo liderado pelo senador Renan Calheiros pretendia lançar uma chapa de oposição, mas no início do mês, em conversa com Temer, eles chegaram a um acordo e provavelmente apenas a chapa de Temer concorrerá ao pleito.
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