23 maio, 2017
Comentários

Porto Real realiza Fórum Regional de Saúde Mental

O Horto Municipal sediou na manhã desta sexta-feira, 19, o Fórum Regional de Trabalhadores de Saúde Mental da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do Médio Paraíba com o tema: Os efeitos, após 30 anos do Dia Nacional da Luta Antimanicomial; de que luta estamos falando?, com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde. A programação, em alusão ao dia 18 de maio, quando é celebrado o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, abordou apresentação de teatro; oficina de música; poesia, atividade laboral dos usuários além de exposição de fuxico e artesanato, produzidos pelos pacientes atendidos no CAPS e Saúde Mental da cidade e debates em roda de conversa pela equipe técnica do RAPS, visando melhorar e ampliar o acesso aos serviços do programa de saúde mental.

“Dessa roda de conversa saíram propostas elaboradas tanto pelos técnicos da RAPS quanto pelos usuários que baseados no cenário atual, sugeriram ideias para melhorias no atendimento dos usuários do CAPS como: a criação de oficinas terapêuticas com a utilização da tecnologia; participação da família nas oficinas; e criação de uma mobilização regional de trabalho”, esclareceu a assistente social do CAPS de Porto Real, Alana de Paula Machado.

O evento reuniu usuários do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), familiares e trabalhadores do RAPS do Médio Paraíba visando repensar estratégias de cuidado e atenção aos usuários que são assistidos pelos dispositivos da rede, buscando promoção de autonomia, empoderamento e protagonismo por parte dos usuários. Também tratou das contribuições que podem ser feitas para a defesa de uma cultura antimanicomial entre os usuários da saúde mental e seus familiares, assim como proporcionar mais conhecimentos sobre o papel dos CAPS na reforma psiquiátrica.

“Esta é a primeira vez que realizamos um evento desse porte, este ano. O objetivo é comemorar o dia, incentivar a reflexão sobre a questão do preconceito e difundir que o paciente tem melhor qualidade de vida quando tratado e inserido na sociedade”, explica o coordenador de Saúde Mental de Porto Real, Renato Gomes.

Prestigiando o evento o deputado federal, Alexandre Serfiotis, se colocou à disposição do grupo e destacou sua permanente participação e acompanhamento no crescimento do serviço e desenvolvimento desse importante trabalho. “Esses encontros sempre trouxeram muitos avanços, como a definição da própria identidade do movimento. Hoje podemos dizer que não é feito somente por técnicos, mas também com a participação da população e usuários”.

Estiveram presentes além do deputado federal, Alexandre Serfiotis, o secretário de Saúde, Dr. Cyrano Santos, profissionais e gestores da RAPS, usuários do CAPS e seus familiares e estudantes das áreas afins e a sociedade em geral.

Dia Nacional da Luta Antimanicomial

A luta antimanicomial ficou conhecida por desaprovar a lógica de encarceramento em hospitais psiquiátricos e incentivar a saída dos pacientes isolados para tratamento em casa, mantendo os vínculos familiares. Em sociedade, o paciente com transtorno mental, quando estabilizado, leva uma vida normal dentro de suas possibilidades, o que resgata e melhora a autoestima do paciente.

Para o tratamento e acompanhamento dessa população, Porto Real conta com Ambulatório da Saúde Mental, o CAPS, Serviço de Referência Hospitalar de Saúde Mental e Residência Terapêutica. O Hospital Municipal disponibiliza dois leitos de observação, para curta permanência e no Pronto Socorro Central, há atendimento 24 horas. Já casos estáveis são atendidos no próprio CAPS. O centro atende, em média, 600 pacientes por mês. Após o acolhimento, a equipe multidisciplinar avalia e indica o tratamento necessário para cada caso. Para mais informações o contato do CAPS pode ser feito através do telefone 3353 2287, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

Comentários