16 fevereiro, 2016
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Prefeitura de Barra Mansa começa força-tarefa de combate ao Aedes aegypti na Vila Maria

Jonas Marins se reuniu com lideranças comunitárias e ação com apoio da comunidade acontece nesta quarta-feira, dia 17


A coordenadoria de Vigilância em Saúde Ambiental, da secretaria de Saúde de Barra Mansa, começa nesta quarta-feira, dia 17, uma força-tarefa de combate ao Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre chikungunya e do zika vírus. A Vila Maria será o primeiro bairro a receber as ações de limpeza e de orientações sobre como eliminar os possíveis focos de criadouro do mosquito em virtude da incidência de casos notificados e confirmados na localidade em 2015. No fim da tarde desta segunda-feira, dia 15, o prefeito Jonas Marins, se reuniu com lideranças comunitárias, no Ciep 054, para mobilizar as pessoas do bairro à participar da força-tarefa.


Aproximadamente 240 pessoas, entre agentes de saúde, militares do Tiro de Guerra, funcionários do programa Mãos a Obra, entre outros, estarão atuando diretamente na ação, que acontece até sábado, dia 20, das 8 às 17 horas. Jonas determinou a ação, por causa da proliferação do Aedes aegypti em todo o país. “Desde novembro, o país decretou emergência em saúde pública em função do mosquito e, agora em fevereiro, a medida foi decretada a nível mundial, devido aos inúmeros casos de microcefalia provocado pelo zika vírus. No último sábado, foi realizado em todo o Brasil o dia D de combate ao mosquito. Aqui em Barra Mansa, vamos realizar ações contínuas para evitar a doença”, afirmou Jonas.

“Estamos travando uma batalha contra o Aedes aegypti, que entre outras doenças pode acarretar a microcefalia em bebês. Cientistas de todo o mundo estão estudando outras síndromes provocadas pelo zika vírus. A situação é muito preocupante e, por isto, temos que envolver todas as pessoas. Não basta a prefeitura realizar a limpeza do bairro. É necessário que cada um faça a sua parte, destinando 10 minutos semanais para retirar da sua casa e do seu quintal os focos do Aedes aegypti”, detalhou o prefeito durante a reunião.

Presente à reunião, o coordenador de Vigilância em Saúde Ambiental, Igo Freitas, relatou que Barra Mansa tem seis gestantes sendo monitoradas em função do zika vírus, além de uma parturiente. “Uma delas já teve o bebê, sem qualquer anormalidade, e outras seis continuam recebendo atenção da secretaria de Saúde. A rede municipal de saúde está preparada para atender os eventuais casos de zika vírus que venham a surgir, inclusive temos três centros de hidratação concentrados no Hospital da Mulher e nas UPAs do Centro e da Região Leste. No entanto, vamos trabalhar na prevenção. Essa é a nossa meta”, destacou.


Igo ainda esclareceu sobre a importância da limpeza nas bordas de vasilhames de água de animais e piscinas, dos reservatórios de água de geladeiras e dos quintais. “O Aedes aegypti já criou resistência. O inseticida utilizado através do carro fumacê por si só não elimina o mosquito. Para se ter ideia, a larva pode eclodir em até 465 dias. É preciso esclarecer que a microcefalia não tem tratamento e nem cura. Até o momento não há comprovação da circulação do zika vírus no município, mas, todas as medidas de vigilância e prevenção serão implementadas para detecção precoce, no caso de sua introdução”, afirmou o coordenador.

Nestes primeiros meses de 2016, foram registrados três casos de dengue, porém o coordenador acredita que esse número pode ser maior. “Não recebemos as notificações dos casos atendidos na rede privada de saúde”, disse Igo, informando que em 2015, 15 óbitos foram registrados por dengue na região do Médio Paraíba, sendo um em Barra Mansa. O município teve 1.214 notificações de dengue e 865 casos confirmados.


Ainda durante o encontro, o coordenador de resíduos sólidos do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), José Ribamar Leal, detalhou a operação bota-fora. “Vamos recolher todo material inservível colocado nas calçadas pela população, com exceção de entulho de obras, orientar acerca das limpezas dos quintais e calhas de chuvas e aplicar larvicidas nos ralos. Também vamos identificar os terrenos baldios com focos do Aedes aegypti e notificar os proprietários. Caso a limpeza não seja efetuada, emitiremos multas. Não vamos permitir o prejuízo coletivo em detrimento de residências fechadas ou terrenos abandonados. Vamos utilizar escada para verificar as condições externas desses imóveis e ainda utilizar oito carros de combate ao mosquito”, reforçou Ribamar.

Participantes da reunião aproveitaram o momento e denunciaram vários casos de possíveis focos do Aedes aegypti. Pedrina Nunes, moradora da Vila Maria há mais de 40 anos, disse que existe uma concentração de casos de dengue na Rua 13. O aposentado Antônio Martins, residente no local há 42 anos, disse que a área da antiga Edimetal é um potencial criadouro do mosquito. Diversos alunos do Ciep falaram da sua experiência no combate ao Aedes.

A reunião contou ainda com as presenças da secretária de Meio Ambiente, Isabela Resende, do comandante da Guarda Municipal, Moises de Paula Freitas e do coordenador da Defesa Civil, Manoel Carlos Souza Duarte.

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