Programa Empoderadas, do Governo do Estado do RJ, segue investindo em capacitação profissional de suas alunas
Ingressar ou retornar ao mercado de trabalho. Esses são os principais desejos das alunas que estão se capacitando nos cursos de formação do Programa Empoderadas da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro. Agora em maio, cento e trinta mulheres, de diferentes polos espalhados em território fluminense se formaram em cursos de maquiagem, trança, sobrancelha, barbearia, panificação, bijuteria, acrigel, manicure, fuxico, costura à mão, crochê e ponto cruz. Mas, não para por aí. Nesta semana, outros cursos serão iniciados como, de cuidadora de idosos e design de sobrancelhas. A proposta, explica Érica Paes, superintendente de Empoderamento e Equidade de Gênero do Governo do Estado, é que as alunas tenham sua renda e diminuam a dependência financeira, que é um dos principais fatores para que não consigam quebrar o ciclo de violência no qual muitas vezes estão inseridas.
- Mulheres presas em relacionamentos abusivos ou em situações de exploração precisam desta chance de se capacitarem. Isso garante às nossas alunas, a possibilidade de retomada do controle de suas vidas. É fundamental para que mulheres vítimas consigam se desvencilhar de seus agressores. - destacou Érica.
Mais de 90% das alunas dos cursos de profissionalizantes são oriundas da Baixada Fluminense. É o caso de Leila Fernandes, uma das mais animadas durante a cerimônia de formatura. Mãe de dois filhos e casada por vinte e cinco anos, a aluna revela que viveu episódios de violência patrimonial em seu casamento, mas agora começa a dar a volta por cima. Já finalizou os cursos de trancista e maquiagem, e se inscreveu na turma de cuidadora de idosos. Além disso, fez questão que a filha, de 15 anos, participasse do Empoderadas para aprender um ofício, mas principalmente, para que saiba seus direitos e como se defender.
- A mulher pode sair do fundo do poço, pode conseguir vitória e pode se formar. Ela tem o direito à vida depois da violência. Direito à reciclagem que é o conhecimento. Estou refazendo minha vida totalmente, após a separação. Trouxe minha filha Letícia Victória, que infelizmente assistiu todo o desfecho da separação, mas falei para ela, somos fortes porque temos mulheres fortes a nossa volta. Ela vai ter uma vida melhor, conhecimento, vai entender que casamento é muito mais do que um rótulo. Sinto que saí do fundo do poço e agora tenho uma nova perspectiva de vida", celebrou Leila.
Letícia Fernandes faz aulas de técnica de prevenção à violência, ou seja, vai para o tatame com outras alunas do Empoderadas para aprender a se defender se necessário, e finalizou o curso de trancista. A menina estava radiante por se formar junto com a mãe.
- Essa mulher que vocês estão vendo aqui é uma verdadeira guerreiraça, que luta com unhas e dentes por mim e por quem merecer. Nós somos as empoderadas.
Ao longo dos últimos quatro anos, mais de 3 mil mulheres foram capacitadas nos cursos profissionalizantes do Empoderadas para estarem aptas para o mercado de trabalho.
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