01 abril, 2016
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Programa Família Acolhedora sofre com baixo número de cadastros em Resende

Apenas sete famílias estão inscritas; menores aguardam em abrigo

O Programa Família Acolhedora, vinculado à Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, através do Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS), permanece cadastrando pessoas interessadas em participar da iniciativa. O serviço é voltado para a proteção de crianças e adolescentes em situação de negligência, maus tratos, violência doméstica e abandono. Os menores são afastados de suas famílias por meio de medida protetiva e acolhidos pelas famílias temporárias.

De acordo com Rosa Sampaio, coordenadora do Família Acolhedora, apenas sete famílias estão cadastradas no programa atualmente, das quais apenas quatro estão recebendo crianças. Ela explica que é preciso aumentar o número de cadastros por conta da demanda do município.

- Temos crianças e adolescentes hoje esperando apenas essa chance de ter uma rotina normal, parecida com as de outros que não enfrentam os mesmos problemas que eles. Apesar de o atendimento no abrigo ser ótimo, nada se compara a um lar, onde o menor possa ter seu próprio espaço e atenção - afirma Rosa.

A coordenadora salienta que a família interessada em acolher precisa ter em mente que não existe possibilidade de adoção, visto que a ideia principal do programa é tornar menos traumática a experiência da criança enquanto afastada de sua família, para que profissionais possam trabalhar os problemas que levaram ao afastamento e, quando chegar o momento adequado, reinserirem-na no convívio familiar.

- O menor pode ficar até um e meio com a família temporária. Durante esse período, fazemos um acompanhamento semanal dele e da família de origem. Se for constatado, num prazo máximo de 12 meses, que a família biológica não tem condições de recebê-lo de volta, a justiça decidirá a medida cabível, podendo encaminhá-lo para adoção ou tomando outras medidas - esclarece a coordenadora.

Podem habilitar-se homens e mulheres, solteiros ou casados, com no mínimo 21 anos de idade. É necessário ser morador de Resende há no mínimo cinco anos, ter pelo menos 16 anos a mais que o menor acolhido, não estar inscrito no cadastro de adoção, não apresentar problemas psiquiátricos e não ter antecedentes criminais, entre outros critérios. Os interessados em participar devem procurar o Serviço de Acolhimento para Crianças e Adolescentes de Resende, que fica na rua Pandiá Calógeras, n° 157, no bairro Jardim Jalisco, das 8 às 17 horas. O telefone para mais informações é o 3357-3675.

Depois de ser selecionada, a família deverá participar de uma capacitação que prevê quatro encontros, nos quais são tratados assuntos referentes ao acolhimento e são dadas orientações. Para ajudar nos gastos, a família receberá uma bolsa-auxílio de meio salário-mínimo nacional. No caso do menor ser portador de alguma necessidade especial, a bolsa será de um salário-mínimo. O público-alvo do programa são crianças e adolescentes, de zero a 17 anos e 11 meses, residentes em Resende.

- Participem. É um ato de amor ao próximo, de cidadania e bondade. Acolham essa ideia, muitos menores estão esperando por esse carinho - pede Rosa.

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