Roda de conversa em VR reforça a necessidade da tolerância religiosa na escola
Na manhã desta segunda-feira, dia 27, o bispo da diocese de Barra do Piraí – Volta Redonda, dom Francisco Biasin, participou de uma roda de conversa com alunos do segundo ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Rio Grande do Sul, em Volta Redonda. O bispo esteve ao lado de representantes de outras religiões e igrejas que são professores no colégio e representaram a Umbanda, o Espiritismo e o protestantismo (Igreja Batista).
“Eu creio que é assim que se muda a mentalidade e a cultura na qual hoje estamos mergulhados de posicionamentos intolerantes com polarizações que dividem a sociedade e não ajudam a construir um mundo de paz. Acredito que são iniciativas muito úteis, sobretudo porque são feitas com jovens, são eles que vão criar um mundo novo. Eles são chamados a curar as feridas que nós adultos carregamos se eles realmente tiverem dentro de si esse desejo de uma fraternidade universal de respeito e de valorização da pessoa humana”, destacou o bispo.
A atividade foi proposta pela professora Adriana Vasconcellos, responsável pelos projetos do colégio e onde também atua como agente de leitura. “O primeiro objetivo do encontro foi fazer nossos alunos conhecerem a Carta Magna, a Constituição Federal e depois foi promover um diálogo onde as pessoas desconstruam o seu preconceito. A gente tem a intenção de fazer um projeto contra a intolerância religiosa e a presença de vários integrantes de credos diferentes junto aos alunos foi importante para que a gente pudesse ouvir a fala dos jovens e perceber que através da juventude a gente pode construir um mundo bem melhor”, enfatizou.
No final, os alunos aprovaram uma nota do colégio contra a intolerância religiosa que será apresentada num evento com o mesmo tema que está sendo realizado numa instituição de ensino superior da região e conta com a presença da defensoria pública. Para a aluna Letícia Vitória, de 16 anos, a iniciativa é essencial na formação cidadã. “Aprendi hoje a importância do amor. Às vezes a gente não sabe olhar o lado do próximo. E a gente ter uma conversa assim na escola, num ambiente que em que temos alvos de muito preconceito, abre a mente dos alunos. Foi bem legal e vou levar isso para o resto da minha vida”, destacou a aluna.
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