19 julho, 2017
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Salários de admissão sobem 3,52% no primeiro semestre

Remuneração média inicial ficou em R$ 1.463,67, revertendo tendência de queda registrada no mesmo período de 2016 e 2015 e superando o maior valor da história, de 2014

A média dos salários de admissão no Brasil aumentou 3,52%, no primeiro semestre de 2017, em relação ao mesmo período do ano passado. A remuneração inicial ficou em R$ 1.463,67, de janeiro a junho deste ano, contra R$ 1.413,84 nos primeiros seis meses de 2016. A média deste semestre também ficou acima da registrada no primeiro semestre de 2014, que era o melhor resultado registrado até então pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.

“São números que confirmam o reaquecimento gradual do mercado de trabalho. O aumento dos salários de admissão sinaliza que as empresas estão pagando mais para contratar, porque os empresários estão procurando mão de obra e pagando mais para os trabalhadores”, afirmou o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, durante a divulgação do Caged de junho, em Brasília, na última segunda-feira (17).

De acordo com os dados do Caged, houve uma reversão de tendência este ano, após duas quedas consecutivas no primeiro semestre dos dois anos anteriores. Depois de bater em R$ 1.434,62 em 2014, a média dos salários de admissão caiu para R$ 1.454,62 em 2015 e para R$ 1.413,84, em 2016. “No primeiro semestre deste ano, os salários de admissão recuperaram a queda dos dois anos anteriores e ainda tiveram um aumento em relação aos valores do mesmo período de 2014”, acrescentou o ministro.

O aumento foi maior para as mulheres, que tiveram média de R$ 1.370,29, de janeiro a junho de 2017, contra R$ 1.314,48 nos primeiros seis meses de 2016 (+4,25%). Para os homens, a alta foi de 3,20% na mesma comparação, passando de R$ 1.475,05 para R$ R$ 1.522,23.

Regional - Os ganhos ocorreram em todas as regiões do país. O maior índice foi verificado no Sudeste, chegando a 3,98%, com valores médios passando de R$ 1.516,75 para R$ 1.577,14. As mulheres do Sudeste também tiveram vantagem, com aumento médio de 4,90%, enquanto que para os homens o salto foi de 3,50%.

O segundo maior aumento foi da Região Sul, com 3,40% – alta de 4,05% para mulheres e 3,08% para os homens. Depois, vieram o Centro-Oeste (+3,18% em média), Nordeste (+2,94%) e Norte (+1,70%), sempre com índices maiores para os salários de admissão femininos.

Estados – Entre os estados, os melhores salários iniciais são para os contratados em São Paulo, chegando a R$ 1.696,73, em média – R$ 1.777,31 para homens e R$ 1.582,70 para mulheres. No Distrito Federal, com a segunda melhor média, os valores foram de R$ 1.570,17 – R$ 1. 599,37 no salário masculino e R$ 1.532,87 no feminino.

O terceiro melhor salário de admissão é o do Rio de Janeiro, onde as empresas pagaram em média R$ 1.567,70, com valores chegando a R$ 1.629,46 para contratados masculinos e R$ 1.475,15 para mulheres. Depois, estão Santa Catarina (média de R$ 1.447,60) e Paraná (R$ 1.431,75).

Escolaridade – O Caged também revelou que houve aumento de salários de admissão para quase todos os níveis de escolaridade, com índices maiores para quem tem ensino médio incompleto (+3,16%), analfabetos (+3,09%) e ensino fundamental incompleto do 6º ao 9º ano (+2,93%).

A exceção são os novos contratados com ensino superior, com recuo médio de 0,10%. Ainda assim, nesse nível, a diminuição foi motivada pelos salários masculinos, que baixaram 0,97%, porque os valores pagos para mulheres recém-contratadas subiram 0,96%, em média, no primeiro semestre de 2017.

As médias dos salários de admissão são divulgadas trimestralmente junto com o Caged.

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