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07 dezembro, 2017
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Sindicato realiza ato em defesa da Caixa 100% pública

O Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense realizou nesta quinta-feira (7), um ato em defesa da Caixa 100% pública, nas agências de Barra Mansa, Barra do Piraí, Porto Real e Volta Redonda. O movimento teve o objetivo de chamar a atenção para as medidas adotadas pelo governo de Michel Temer (PMDB) com vistas à privatização da CEF. A mobilização foi motivada por uma reunião do Conselho de Administração do banco, prevista para ocorrer hoje em Brasília, onde existe a expectativa de apreciação na mudança do estatuto com o intuito de transformá-lo em uma Sociedade Anônima.

O ato também foi realizado em várias localidades do país, com a distribuição de informativos sobre a questão. Na avaliação do presidente do Sindicato, Péricles Lameira, o movimento foi extremamente positivo. “Estamos alertando a população e a categoria bancária que a abertura do capital da CEF só interessa ao mercado especulativo. É válido lembrar que a Caixa é o maior agente federal de fomento de políticas públicas. É o banco que desempenha papel social como nenhuma outra instituição financeira, atende a população menos favorecida economicamente, com foco principalmente no financiamento de habitações populares, além de adotar políticas anticíclicas, como redução do spread bancário e liberação de crédito, quando os demais bancos fecham seus cofres”, disse Cabral, ressaltando que os bancos públicos são fundamentais porque têm funções que vão além do lucro.

A Caixa é o banco da habitação. Graças a ela, milhões de brasileiros realizam o sonho da casa própria todos os anos. Só por meio do programa Minha Casa Minha Vida, que é operado pela Caixa, mais de 2,6 milhões de famílias foram beneficiadas desde 2009. São quase R$ 300 bilhões investidos, o que possibilitou, nesses oito anos, a entrega de 1.200 moradias por dia e a geração de 1,2 milhão de empregos. Em relação ao FGTS, a Caixa também é fundamental. Ela administra hoje recursos da ordem de R$ 490 bilhões e realiza mil pagamentos a cada 10 minutos.

Mais de quatro mil cidades já tiveram obras financiadas com recursos do FGTS. Mas a Caixa é também o banco dos programas sociais, do saneamento básico, da poupança, do esporte, da cultura, das Loterias, dos municípios. Propostas de privatização já foram derrotadas no passado. Foi assim entre 1995 e 2002, quando diversas empresas públicas foram preparadas para se tornar espaços de obtenção de lucro.


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