Time de vôlei de Volta Redonda pode ter sido cortado de importante campeonato por motivos políticos
Termina mês que vem o JAI (Jogos Abertos do Interior). O campeonato, já em sua 27ª edição é organizado, promovido e dirigido pela secretaria de Estado, Esporte e Lazer (SEEL) através da Suderj, em conjunto com as prefeituras e secretarias de esporte dos municípios fluminenses. Representando Volta Redonda, participaram os times de Handebol masculino, vôlei feminino e vôlei masculino que haviam se classificado nas eliminatórias regionais. Contudo, para que pudessem seguir na disputa, um representante da secretaria de esportes do município precisaria ter confirmado junto a Suderj, numa reunião que aconteceu no dia 18 de maio, que os times não haviam desistido e estariam presentes nas finais.
A prefeitura de Volta Redonda mandou um representante, o diretor de esportes da Smel, Rogério Malavazzi, mas este, segundo denúncia do técnico do time de vôlei masculino da cidade, Ernani Araújo, teria ignorado - por motivos desconhecidos - sua equipe na reunião com a Suderj confirmando apenas a participação do handebol e do vôlei feminino. Ernani alega à imprensa que o comportamento do diretor acabou resultando no corte do time de vôlei da cidade do aço do JAI. "Todos sabem das dificuldades que passamos para levar esse time no Jai e no campeonato Carioca. Diante de tamanha injustiça penso em abandonar o esporte", desabafou Ernani.
Ainda de acordo com o técnico, Rogério teria dito ao diretor da Suderj, Paulo Roberto, que não sabia da existência do time de vôlei. "Os representantes na reunião com Paulo Roberto são por modalidades. Eu nem sabia que existia um time de vôlei masculino na cidade, muito menos disputando o JAI", afirmou Rogério Malafazzi ao jornal VR Livre.
Intrigado com as declarações e preocupado com o futuro do vôlei masculino de Volta Redonda, o vereador Walmir Vitor, que também recebeu a denúncia na última segunda, 30, resolveu questionar a prefeitura através de um requerimento o motivo pelo qual a Smel ignorava a existência do time. "Como que pode um diretor da Smel não saber que existe no município um time de vôlei que, inclusive, já nos trouxe tantas alegrias. Não é justo que a equipe fique de fora do JAI depois de tantas dificuldades para vencer as regionais", indagou o vereador, temendo que a situação constrangedora tenha sido motivada por questões políticas. "Isso já aconteceu quando o então presidente do Voltaço, Rogério Loureiro concorreu numa chapa contrária a do prefeito Neto. A prefeitura, por represálias, parou de destinar verbas ao time do aço. Quero me certificar que o mesmo não tenha acontecido com o time de vôlei masculino", explicou.
O requerimento do vereador, que está balizado nos incisos X e XVIII do artigo 30 da lei Orgânica do Município, traz os seguintes questionamentos:
1 - Porque a modalidade de vôlei foi excluída da fase final do JAI?
2 - Por que o representante da SMEL não representou a modalidade de Vôlei Masculino sendo que o mesmo representou as Modalidades Handebol e vôlei feminino.
3 - Por quê Rogério disse desconhecer o time de vôlei masculino se o mesmo foi campeão da 1ª fase do JAI e, além disso, a prefeitura recebe do governo do Estado a tabela com as parciais do Jai?
Vale lembrar que o campeonato de de suma importância das equipes do interior, independente de sua modalidade, pois contando com o apoio das federações esportivas estaduais, têm por finalidade a promoção do intercâmbio esportivo e social entre os cidadãos fluminenses, utilizando, para isso, o esporte amador como mecanismo de oportunizar as mais diversas camadas da população à participação em atividades que promovam a integração e a renovação de valores no esporte.
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