06 setembro, 2016
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Vereador de Volta Redonda volta a exigir explicações ao presidente da Cohab que teria dado calote

Faltam menos de dez dias para terminar o prazo para que a COHAB (Companhia de Habitação de Volta Redonda) se retire de sua atual sede – que fica no Aterrado – segundo determinação da Justiça, por motivos de falta de pagamento do aluguel. Frente a iminente sanção e a falta de explicações, o vereador Walmir Vitor voltou a cobrar na sessão desta última segunda, 5, a presença do presidente da instituição, Almir de Souza Rodrigues na Câmara.
Walmir já havia solicitado, antes do recesso parlamentar de julho, que a presidência da Câmara enviasse ofício convocando Almir. A ideia era que ele prestasse esclarecimentos e, junto com os vereadores, pudessem encontrar um meio de salvar a Cohab do despejo, mas Almir não demonstrou qualquer interesse de atender a convocação. Disse, na época, que na data escolhida pela Casa, ele já tinha um compromisso pessoal marcado.
Tanto Walmir quanto os demais vereadores ficaram estarrecidos com a recusa de Almir e chegaram a dizer que o presidente da companhia estava desrespeitando a Câmara, que tem poder convocatório. “Por isso fiz questão de cobrar do presidente da Câmara, Edson Quinto, que um novo ofício fosse enviado o quanto antes. Mesmo que não dê tempo de evitar o despejo, o Almir tem obrigação de dar explicações aos volta-redondenses de porque não ter pago os alugueis previstos em contrato”, esclareceu Walmir.
Após o questionamento feito por Walmir durante a sessão, Edson Quinto garantiu que encaminhará novo ofício, convocando o presidente da Cohab. “Estava esperando o start do Walmir para votlar a cobrar a presença do senhor Almir”, resumiu Quinto.

O caso
A Cohab terá de desocupar suas 14 salas que ocupa em um dos principais edifícios do Aterrado, em Volta Redonda. Adquiridos pela companhia na década de 1990, os imóveis foram leiloados por ordem da Justiça, em uma ação movida pelo espólio da família Sarkis, proprietária do edifício em questão, cujo terceiro andar foi usado pela Companhia de Habitação como sede entre março de 1997 e fevereiro de 2002.

Segundo denúncia, a instituição rompeu com os antigos locatários, mas não teria devolvido as chaves do local e nem pago o aluguel aos devidos donos. Com isso, gerou uma dívida que ultrapassa R$3 milhões. Sem acordo de pagamento, a Justiça determinou o leilão dos imóveis, que aconteceu no mês de maio deste ano. As salas foram arrematadas por R$ 1.914 milhão, justamente pelo espólio da família Sarkis.

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