16 março, 2016
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Vereadores de Barra Mansa pedem abertura de CPI da Saúde

O presidente da Câmara solicitou que os vereadores façam uma análise de consciência e assinem o pedido para investigar as denúncias sobre a Saúde no município.
As constantes denúncias de irregularidades na Saúde de Barra Mansa, aliadas a problemas de estrutura, falta de medicamentos, atraso nos salários dos funcionários do setor, resultaram na propositura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito -CPI- da Saúde. O pedido da CPI tramita na Câmara de Barra Mansa e necessita da adesão de sete vereadores, um terço do total de parlamentares, para ser iniciada. Até a sessão de terça-feira, 15 de março, quatro vereadores haviam assinado pela abertura da CPI: José Luiz Vaneli, Marcelo Borges, Rodrigo Drable e Luiz Furlani.
O presidente da Câmara, vereador José Luiz Vaneli, que já assinou a abertura da CPI, ressaltou, durante a sessão de terça (15) que a comissão não acusa ninguém, mas tem poderes para investigar as denúncias recebidas pela Câmara.
-Esta casa não faz outra coisa além de receber denúncias sobre a Saúde, são mais de 180, até agora, sobre diversos assuntos, de problemas com a OS a medicamentos não entregues. E os pedidos de informação, quando são aprovados, com muito sacrifício, ainda tem respostas insuficientes do Executivo. Através da CPI, temos a possibilidade de coletar dados, fazer acareações, interrogar pessoas. O povo está sofrendo e precisamos dar uma resposta sobre o que está acontecendo. – afirmou Vaneli.
Para o vereador Marcelo Borges, a negativa do Executivo em fornecer informações já é um indício para a abertura da CPI.
-O pedido de informação da OS foi respondido incorretamente porque o Governo não respeita esta casa. Não podemos deixar de abrir uma CPI com tantas denúncias sendo feitas a todo instante. Com a CPI temos força para investigar este caos. Peço que o presidente notifique oficialmente todos os vereadores desta casa sobre o pedido da CPI, para que tenhamos uma negação formal – ressaltou Marcelo.
O vereador Rodrigo Drable, que está analisando os balancetes da Saúde, afirmou que há indícios de irregularidades nas contratações realizadas. O vereador falou sobre a locação de veículo, que, apenas em janeiro de 2015, consumiu R$530 mil do orçamento da Saúde.
-Não encontro uma razão para não se investigar esta situação da Saúde, quando se vê o valor pago para os serviços prestados, bem acima do valor de mercado. Peço aos vereadores que nos deem a oportunidade de investigar. A CPI não produz informação, ela tem acesso às informações, as quais não estamos tendo acesso – afirmou Rodrigo.
De acordo com a Lei Orgânica do Município, a comissão parlamentar de inquérito tem poderes de investigação semelhantes a das autoridades judiciais. Ao final da CPI, seu relatório, com as provas coletadas, pode ser encaminhado ao Ministério Público, que analisará a abertura de ação judicial.

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