02 agosto, 2016
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VR: Centro de Reabilitação em pós-operatório de cirurgia ortopédica e saúde do trabalhador realizou mais de 2,8 mil atendimentos

Novo serviço funciona no Estádio da Cidadania, em cinco salas divididas por segmentos: membro superior, membro inferior, quadril, coluna e mão

        No primeiro mês de funcionamento o Centro de Reabilitação em Pós-operatório de Cirurgia Ortopédica e Saúde do Trabalhador Otacílio José da Costa realizou mais de 2.880 atendimentos, para 320 pacientes, utilizando cerca de 80% de toda sua capacidade. No total foram realizados mais de 8 mil procedimentos na unidade. De acordo com o coordenador municipal de Fisioterapia, Glauco Oliveira, o novo centro está atendendo a pacientes que sofreram acidentes e fraturas graves e outros encaminhados pelo Hospital São João Batista (HSJB) que fizeram cirurgias pós-traumáticas e eletivas, além de pacientes da rede ortopédica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
        “O Centro, apesar de já estar com sua capacidade de atendimento quase completa, tem um percentual resguardado para atender os pacientes que passarem por uma cirurgia. A vaga deles será imediata. Esse é o grande diferencial desse serviço: o atendimento especializado”, disse o coordenador, que completou: “Isso significa que o paciente ganhará muito: primeiro com essa rapidez no atendimento e depois por ser acompanhado por um especialista que irá trabalhar com materiais específicos e equipamentos adequados ao seu tratamento. Com isso a reabilitação desse paciente é bem mais rápida e eficaz”.
        O primeiro serviço público especializado em pós-operatório de cirurgia ortopédica e saúde do trabalhador do Sul do Estado, funciona no Estádio da Cidadania, no Acesso Azul, em cinco salas divididas por segmentos: membro superior, membro inferior, quadril, coluna e mão. De acordo com o coordenador municipal de Fisioterapia, o novo centro será específico para o atendimento pós-operatório e contará com salas de reabilitação.
        O novo centro contará com uma equipe composta por 10 fisioterapeutas especialistas em cada segmento. Lá serão realizados mensalmente mais de dez mil procedimentos pós-operatório. “Com a criação desse espaço ainda vamos desafogar o Cemurf (Centro Municipal de Reabilitação Física Tuffi Rafful, também no Estádio da Cidadania) que realizará mais 10 mil novos procedimentos por mês”, disse o coordenador.
        Segundo a fisioterapeuta Luciana Lopes Costa, pós-graduada em reabilitação dos membros superiores pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais (FCMMG), o centro tem um atendimento diferenciado para os pacientes com sequelas recentes e no pós-operatório.
“Quando o paciente vem para marcar um horário ele já recebe orientação sobre o seu problema, com isso, quando ele começa a ser atendido de fato, o tratamento já está adiantado por conta dessa orientação. O outro diferencial é que por ser um tratamento especializado e imediato no pós-operatório e pós-trauma, a recuperação é mais rápida. Muitas vezes, um tratamento que iria durar três meses pode ser concluído na metade desse tempo”, disse a fisioterapeuta, que faz parte da equipe do Centro de Referência em Pós-operatório de Cirurgia Ortopédica e Saúde do Trabalhador.
        Para a especialista, o atendimento fisioterápico especializado tem uma melhor abordagem, tirando o profissional do tratamento generalista e o colocando com uma visão especifica de um segmento (parte) do corpo. “Quando se opta por ser especialista, você escolhe a área que mais tem afinidade, a que mais gosta. Daí já começa o diferencial do tratamento. Não se pode ser bom em tudo e quando se é especialista você pode ser bom em só uma coisa.”
        O comerciante Hildefonso Souza da Silva, 54 anos, morador do bairro Santo Agostinho, que sofreu um acidente de trabalho há quatro meses e que atualmente faz fisioterapia no Centro de Reabilitação em Pós-operatório de Cirurgia Ortopédica e Saúde do Trabalhador Otacílio José, elogiou a iniciativa. “Quando cheguei aqui, após minha cirurgia no Hospital São João Batista, meus dedos estavam paralisados e em apenas um mês já consigo fazer minhas atividades diárias como pegar um copo e até mesmo dirigir. Tenho certeza que esse atendimento imediato e especializado fez toda a diferença no meu tratamento”.
        Quem também elogia o novo espaço é a empresária Jania Maria Piller, 48 anos, moradora da Vila Mury. “Sofri um acidente no meu trabalho em março e sentia muita dor na mão devido à lesão que sofri no tendão. Depois da minha cirurgia no Hospital São Batista, no mês passado, estava fazendo fisioterapia no Centro Municipal de Reabilitação Física Tuffi Rafful e há 20 dias estou nesse novo centro. Isso mudou a minha vida. Nesse curto período de tratamento, minha mão que estava imobilizada, já abre. Agora consigo escrever, dirigir e fazer minhas atividades domésticas. Esse espaço reabilita mesmo a saúde das pessoas. Sinto orgulho de morar numa cidade que cuida da saúde da sua população”, disse a empresária.

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