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26 abril, 2023
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Autoridades de Barra do Piraí intensificam trabalhos de combate à violência contra mulheres e crianças

O Brasil e o estado do Rio estão diante de um aumento de violência contra a mulher. É notório que todas as formas de abuso desse tipo estão numa crescente e prova disso, além de centenas de pesquisas, são os noticiários, que nos bombardeiam com casos cada um mais aterrorizante que outro. Em Barra do Piraí, assim em como em toda região, as ocorrências também estão em alta e, por conta disso, o governo municipal e as Polícias Civil e Militar estão intensificando os trabalhos de prevenção.
Um caso recente na cidade foi quando um homem de 31 anos foi preso acusado de perseguir e ameaçar a ex-namorada por não aceitar o fim do relacionamento. De acordo com a Polícia Civil, a vítima procurou o Núcleo Integrado de Atendimento à Mulher da delegacia de Barra do Piraí e fez a denúncia dos episódios de violência que havia sofrido. Diante do relato, policiais civis, acompanhados de guardas municipais, foram às ruas e conseguiram localizar o suspeito no Centro, que foi preso em flagrante.
Mas não é só a violência contra a mulher que está em alta. Casos de violência sexual infantil também têm repercutido muito nos jornais e sites de notícias. Outro fato que chocou Barra do Piraí foi quando um homem, de 42 anos, foi preso suspeito de estuprar o enteado, de 9 anos. O crime era cometido na casa em que eles moram quando a vítima e o suspeito estavam sozinhos ou, ainda, quando a mãe da criança estava em outro cômodo da casa.
Em todos esses casos, que aconteceram em 2023, a Polícia Civil e o Executivo agiram rapidamente para coibir o mais rápido possível. Além dessas ações imediatas, a Prefeitura de Barra do Piraí também tem realizado campanhas educativas e preventivas para ajudar no combate a este crime tão bárbaro. A Secretaria de Educação do município promoveu um curso de capacitação contra violência sexual infantil no dia 18 com objetivo de capacitar o corpo docente da rede municipal de ensino no tocante a descobrir ou verificar possíveis sinais de pedofilia. O encontro foi ministrado pelo delegado federal, Cleiton Bezerra.
Um levantamento realizado pela Secretaria de Estado de Saúde, em 2022, mostra que, somente no estado do Rio de Janeiro, as unidades de Saúde registraram 17.480 notificações de violência sexual entre 2017 e 2021. Deste total, 11.607 notificações (66%) eram de crianças e adolescentes de 0 a 19 anos. Nos casos de violência sexual contra crianças de 1 a 4 anos, o pai se destacou como o principal agressor (24% das notificações). Já na faixa etária compreendida entre 5 e 14 anos de idade, a violência sexual foi cometida por amigos e/ou conhecidos.
Para a assessora de Busca Ativa da Secretaria de Educação, a assistente social Natália Reis de Oliveira, a escola é uma das instituições mais importantes na vida do indivíduo, onde os alunos passam boa parte da vida dentro do núcleo escolar. “Os alunos criam vínculos entre eles. E os profissionais atuando contra os casos de violência e com o trabalho de prevenção com família e comunidade escolar, é possível criar uma barreira e perceber sinais quando esse tema surgir”, acredita.
O prefeito de Barra do Piraí, Mario Esteves, aponta a importância desse evento para a educação e a socialização. “Tudo o que acontece de bom na vida das pessoas vem por meio da educação, seja em casa ou na escola. Precisamos criar vínculos de afeto nas unidades escolares com o fim de cuidar das pessoas. A Educação, promovendo este evento, mostra um abraço acolhedor”, afirmou.
Após o evento de formação, a Secretaria de Educação pretende dar continuidade às ações na rede pública, com práticas coletivas, culminando no dia 18 de maio, quando é comemorado o Dia de Enfrentamento e Sensibilização contra o Abuso Sexual Infantil, com o ‘Faça Bonito’. Serão feitas atividades nas escolas, finalizando com uma ação na Praça Nilo Peçanha, no Centro, em parceria com demais secretarias municipais.

Homem é preso por zoofilia em Barra do Piraí
Agentes da Superintendência de Bem-estar Animal da Prefeitura de Barra do Piraí denunciaram à 88ª Delegacia de Polícia Civil um suposto caso de zoofilia praticado no município. O caso aconteceu no dia 18 deste mês no bairro Oficina Velha.
O delegado titular da 88ª DP (Barra do Piraí), Antonio Furtado, prendeu em flagrante no dia 19 o suspeito, que foi surpreendido por um vizinho na noite anterior enquanto abusava sexualmente da sua cadela de estimação. Além de lamentar o ocorrido, o delegado afirmou que contra o homem havia denúncias semelhantes desde 2019, mas que nenhum fato até o momento comprovava o crime. Outras testemunhadas já foram ouvidas.
O exame feito apontou secreção com sangue na vulva da cadela, o que teoricamente pode ser uma evidência de outro abuso praticado na véspera da prisão. No entanto, a médica veterinária solicitou um exame complementar. Segundo o delegado, o relatório demonstrou que o animal estava assustado, com o rabo entre as patas, tentando se esconder, tremendo, com pulgas e unhas grandes.
Furtado frisou que essa é a primeira prisão registrada por esse tipo de crime em Barra do Piraí e que a pena para maus tratos contra animais pode variar de 2 a 5 anos. “Infelizmente, os animais também são alvo da perversidade humana. Por isso, é tão importante denunciar e fazer a nossa parte para que esses criminosos possam ser devidamente punidos. A prática de zoofilia pode provocar lesões graves aos animais ou, até mesmo, a morte. Nem sempre é fácil obter prova que comprove o fato, mas tudo que priva o animal de ter uma vida saudável está enquadrado como crime. Posso garantir que vamos continuar trabalhando para que os animais sejam tratados com respeito e atenção”, garantiu o delegado.
A pena para maus tratos contra animais pode variar de 2 a 5 anos. O prefeito Mario Esteves lamentou o ocorrido. "Crimes contra animais são algo de uma natureza muito perversa, pois trata-se de seres indefesos. Uma covardia que merece ser punida no rigor da lei”, revelou, acrescentando sobre a importante atuação da Superintendência de Bem-estar Animal.
- Estamos, através da superintendência, cada vez mais fechando o cerco contra esse tipo de prática – concluiu Esteves.

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