20 junho, 2016
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Hemonúcleo de Barra Mansa realiza campanha para incentivar doação

A expectativa é aumentar em 40% o número de doadores nesse período

Um gesto que pode salvar vidas. É assim que o Hemonúcleo de Barra Mansa espera aquecer o coração dos doadores de sangue. De uma única doação são produzidos três componentes: hemácias, plaquetas e plasma. Nessa época do ano, em que o clima fica mais frio, o número de doadores diminui 30%. O que pode afetar, e muito, o quadro do banco de sangue. Esse é o terceiro ano da campanha 'Arraiá do Sangue Bom'. O local fica todo decorado com tema das festas juninas e a hidratação para os doadores nessa semana também é especial. No cardápio cachorro quente, broa de milho e pé moleque. O estoque ainda está longe do ideal. Por isso é fundamental a participação de todos.

Em 2015, foram feitas cerca de 3.930 doações, o que representa 2% da população da cidade - percentual abaixo da meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde, estipulado entre 3% a 5% do número de habitantes. A quantidade de doadores voluntários é de 45%. De reposição, aqueles que destinam o sangue para um paciente específico, ficam em 55% das doações. Menos de um terço doam com frequência.
Waldyr Santos Cardoso, de 63 anos, doa a mais de dez anos. Garante que vale a pena. “A caridade não vê a cor da pele, sexo ou idade. É sempre bom fazer o bem. Isso faz bem para gente e para o próximo também,” afirma o agricultor. Sentimento que também enche de orgulho quem doa pela primeira vez. O comerciante Vinnicius Groetaers Mendes, de 30 anos, veio a pedido de um amigo, mas sabe muito bem que sangue não se encontra fácil em qualquer lugar. “Tenho um supermercado e sei que não dá pra comprar sangue quando se precisa. Com esse gesto posso salvar três vidas de uma só vez,” analisa o empresário.

Vontade de ajudar; expressão que não abandona quem sempre doa. É o caso do Marcius Vinicius Novaes Abreu, de 27 anos, técnico em mecânica. Ele é morador de Piraí e andou cerca de quarenta quilômetros, no dia de folga, para doar. “Desde 2007 que doou pelo menos duas ou três vezes por ano. Todo mundo devia fazer o mesmo. Saber que direta ou indiretamente estou ajudando alguém é muito gratificante,” destaca o metalúrgico.

O Hemonúcleo de Barra Mansa atende outras duas cidades que não possuem um centro: Rio das Flores e Valença. O coordenador do Hemonúcleo, Sérgio Murilo, lembra que a vontade de doar deve ser constante. “O que nós queremos é fidelizar os doadores. Nessa época, com o frio, aumenta os problemas respiratórios e as pessoas usam muito anti-inflamatórios e antigripais. Isso impede a doação. Com o aumento da complexidade hospitalar na nossa região, com novas unidades sendo construídas como o hospital regional, vai precisar cada vez mais, de sangue para suprir a demanda. Se tivéssemos seis mil doações por ano, estaríamos dentro da meta da OMS. O que esperamos é que a campanha possa motivar e acima de tudo sensibilizar as pessoas que a doação é um gesto que precisa ser, sempre que possível, repetido e adotado por todos. Só assim ninguém teria falta nos bancos de sangue,” destaca o coordenador do Hemonúcleo.

Para doar basta ter entre 16 e 69 anos; pesar no mínimo 50 kg; estar alimentado, evitando alimentos gordurosos quatro horas antes da doação; levar documento oficial com foto. O Hemonúcleo de Barra Mansa fica na Rua Pinto Ribeiro, nº 205 A, anexo à Santa Casa de Misericórdia, no Centro. Horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, de 7h às 11h da manhã. Telefone: (24) 3322 8430.

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